domingo, 24 de novembro de 2013

A construção do conhecimento (11)

A construção do conhecimento (11)

Poucos são os educadores que conseguem se posicionar em outra condição, na posição do educando. A grande parte posiciona-se como detentores do saber e do poder, com onisciência e onipotência, esquecendo ou desconhecendo que saber e conhecimento são trocas simbióticas. As relações de gênero tendem a fazer um equilíbrio no ambiente organizacional da relação discente e docente.

Disse Aparecida T. Garcia, a Irmã Jacinta, em citação de uma pesquisa finalizada em 1987, que Edith Stein (Alemanha 1891-1942) tinha uma convicção: Só uma pessoa bem formada pode ser formadora (Ed. Loyola s/d). A missão da universidade é a tarefa indelegável da difusão do saber, mantendo a sincronia dos problemas do homem em seu tempo, em busca de uma sociedade mais humana, mais justa e mais cristã, diz a Irmã Milani, chanceler da USC/SP, apresentando o trabalho de Irmã Jacinta. Milani ainda diz que a práxis pedagógica de Stein é um subsidio valioso à causa da mulher, a mulher educadora (idem).

Pesquisas realizadas dão como resultados que mulheres precisam de um esforço muito grande para ser notada em relação ao seu desempenho, conclusão explicita em “Representações sociais das relações de gênero na educação superior”, texto de quatro autores publicado no livro “Relações de Gênero no Espaço Organizacional”, elaborado e concluído por três editores e diversos autores (UFLA, Lavras/MG, 2004). 

Em direções e coordenações de faculdades e centros universitários é evidente a predominância masculina. E parafraseando Rose-Marie Lagrave em “Trabalhar com Bourdieu” coordenado por Lagrave e Encrevé (Bertrand Brasil, 2005): Reconhecer-se dominada é um fato distribuído de forma desigual entre a população feminina, dentro de uma avaliação individual ou coletiva corresponde a fato que depende da posse de um capital escolar. Nem todas percebem tal posicionamento, depende de sua aquisição de conhecimento para identificar tal situação, diferindo em meios sociais ou proximidades de lutas femininas, já que muitas dizem estar acima disso.

O momento atual tem avanços rápidos. Seja no campo da ciência ou da tecnologia, e principalmente dos meios de comunicação. A universidade esta em alerta, necessitando um acerto de ritmo no seu caminhar, diz Thereza Marini, doutora e livre docente em didática na UNESP, em “A função do ensino e a formação do professor universitário” (Paulus, 2013).

Vivemos um momento em que a função do intelectual específico deve ser reelaborada, já dizia Michel Foucault (1926-1984) em Microfísica do poder. Focault foi parceiro de Simone de Beauvoir (1908-1986). “É pelo trabalho que a mulher vem diminuindo a distancia que a separava do homem, somente o trabalho poderá garantir-lhe uma independência completa”, palavras de Simone.

É o aluno quem sente na pele os reflexos da qualidade do ensino escolar, uma qualidade percebida pelo seu grau de participação e aulas recebidas, o desconforto pelo que paga e pelo que recebe, diz Luiza Gavaldon em seu texto “A qualidade do ensino na visão do aluno” em “Educação sem Fronteiras: em discussão o ensino superior” (Pioneira, 1996). Um aluno não é uma caixa vazia a espera de ensinamentos, Carmem Carpinelli em “Avaliação Globalizadora: um desafio para a universidade” (ibdem). Utilizar-se de um conhecimento adquirido nem sempre é um direito dado ao aluno.

Gavaldom usou a palavra pele para designar uma percepção, uma simbologia com o uso da pele perceptiva. E os símbolos falam, falam de você, de mim, da sua família, do grupo de estudo e balada, das cidades do povo e da historia diz Maria Celina Nasser em “O que dizem os símbolos?” (Paulus, 2003).

A pele exprime um sentido, uma percepção, uma sensação do meio exterior. Estar dentro da própria pele é estar dentro de um corpo com braços e pernas, é perceber qual é a sensação e localização exata de algo, como diz Geneen Roth (autora best seller do NYT), em “Mulheres, Comida & Deus” (Lua de Papel, 2010). É a pele que interage com o meio, as primeiras sensações são através de terminais nervosos sob o tecido epitelial, frio ou quente, úmido ou seco, agradável ou desagradável. Com frios e calafrios, calores e odores.

O processo que gerou um novo paradigma na universidade brasileira ocorreu na década de 1960, a partir de movimentos liderados por estudantes universitários, organizados na UNE, diz Sueli Mazzilli da Universidade Católica de Santos (Revista ANDES, 2011). Hoje os estudantes estão de volta às ruas. O ano de 2011 foi o marco do inicio da reconquista do espaço publico, a partir da Europa com a Primavera Árabe e o movimento Occupy. O movimento chegou ao Brasil ocupando as ruas por novos norteamentos, políticos, educacionais e sociais.

A universidade é um espaço público, a ser ocupado com ideias e pessoas, e como diz Mirna Santiago, gestora e consultora de qualidade, professora e mestre universitária, com as palavras de Garvin: As organizações só aprendem por meio de indivíduos que aprendem. Mirna ainda acrescenta que uma organização para crescer e sobreviver deve investir em pessoas, com as palavras de Gomes (Dissertação de mestrado: Guimarães, M.S. in CT-UFRN, 2008. Natal/RN).

A universidade tem mais a aprender e a ganhar com alunos do que estes com a universidade. Embora o texto de Mirna tenha sido feito com olhares para uma empresa publica prestadora de serviços, torna-se valido também a uma universidade que é uma fornecedora de serviços, estatal ou particular. “A criatividade precisa ser enfocada para que tenhamos consciência do nosso potencial para enfrentar desafios”, palavras de Marly Amarilha, doutora em Letras, professora do DFPE/UFRN (Jornal da UFRN, Nº 66 – outubro/2013)

Toda pesquisa pedagógica é realizada sob os pontos de vistas dos organizadores da pesquisa, mestres e doutores. Sob seus pontos de vistas, analisam alunos, criando critérios de avaliação e analise fundamentadas, a partir de seus ângulos e seus conceitos. Torna o aluno um mero objeto da pesquisa, analisado pelo sujeito pesquisador, aquele que supostamente detém o conhecimento. Uma pesquisa que deve dar resultados estimados e esperados em padrões e parâmetros determinados por seus pesquisadores. Uma pesquisa leva a um resultado desejado, caso contrário ela é abandonada.

A noção de conhecimento, uma relação entre um sujeito e um objeto, fixada pelos filósofos dos séculos XVII-XVIII, diz Santos em “Platão e a construção do conhecimento” (Paulus, 2012). O ser humano é um ser histórico e social e pode mudar sua trajetória durante sua jornada.

FIM (11)


Entre Natal e Parnamirim/RN ─  24/11/2013
Jornal de HOJE



Palavras Chaves: gestão; genero; conhecimento

Palabras Clave: gestión; género; conocimiento

Key Words: management; gender; knowledge

PRÊMIO
DESTAQUES DO MERCADO - INFORMATICA 2013
Categoria Colunista em Informática


023.1461.13
CMEC - Cadastro Municipal de Entidades Culturais
Fundação Cultural Capitania das Artes
FUNCARTE
Natal/RN

Roberto Cardoso
(Maracajá)

ESTRATEGISTA

Cientista Social
Jornalista Científico
Reiki Master & Karuna Reiki Master

Colunista em Informática em Revista

Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)




quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Nem e de Ninguém (parte 3)

Terras do Nem e de Ninguém (parte 3)


Toda cidade tem um código de posturas municipais. Parnamirim herdou o código de posturas do antigo município de Eduardo Gomes, datado de 1983 (sete de maio), entrando em vigor, sessenta dias após a sua publicação. O primeiro artigo do código municipal já define e deixa claro, que contém as medidas de policia administrativa, à cargo do Município, sobre higiene e ordem pública, ou seja, o funcionamento de estabelecimentos comerciais e industriais.
O Código de Parnamirim é do século passado, um século ainda recente, e de problemas antigos que atravessaram os séculos. Atualmente as atividades econômicas principais de Parnamirim são a agropecuária e o comercio (Anuário RN 2009-2010). Segundo o código de posturas de 1983, cabem ao Prefeito e funcionários municipais as incumbências de velar e zelar pelas observâncias dos preceitos do código (Art. 2º). Com trinta anos de código de posturas municipais, ele já pode ser considerado antiquado, mas muito jovem, já que poucos artigos, de um total de 188, são exercidos e cumpridos.
Todo nome precedido da palavra “novo” ou da palavra “nova” da ideia de algo de melhor, algo melhorado depois de pensado e analisado. Não há um novo código de posturas municipais, mas há uma Nova Parnamirim, uma nova cidade em um novo século, e um bairro que pelo nome tem uma proposta de ser construído e edificado em condições melhores.
Ainda não houve um brainstorm para tornar o bairro realmente novo, inovador, para formar uma Nova Parnamirim. Enquanto não há um brainstorm, o Povo, entre pedestres e cidadãos, vai se acostumando, se amoldando e se adaptando com as tempestades e trovoadas de São Pedro e São Cristovão. E rezando para que N. S. de Fátima os proteja.
“Vai Maria e volta Abel”, ou ‘Vai Abel e volta Maria”, duas expressões anunciadas pelos cobradores dos transportes interbairros, sobre os itinerários dos veículos, anunciadas aos passageiros que desejam um embarque, indo ou vindo, para lá ou para cá. Veículos não adaptados e não adequados aos necessários transportes coletivos de um município em região metropolitana. Um alternativo que se torna um única opção.
Uma expressão anunciada a cada parada, palavras que conferem a indeterminação do bairro. Hora é Maria, hora é Abel. Uma hora é Natal, outra hora é Parnamirim. Quando uma cidade cresce, ela leva consigo o dever de proporcionar o direito. Facilitar o direito de ir e vir do cidadão, promover os deslocamentos urbanos de seus munícipes dentro do seu perímetro municipal, urbano e rural.
Enquanto o comercio e as missas giram em torno de uma praça, é possível fazer e resolver tudo à pé ou “di pé” no linguajar do povo. Quando ocorre o aumento da população e ocupação dos lugares mais longínquos, o município adquire maiores proporções. E transportes adequados e atualizados se fazem necessário para cruzar o município de norte a sul e de leste a oeste.

BLOG/Metropolitano
Texto disponivel em:
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  14/11/2013


Roberto Cardoso
(Maracajá)






quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Nem e de Ninguém (parte 2)


Terras do Nem e de Ninguém (parte 2)



Nova Parnamirim um bairro que muitos ainda conhecem ou lembram como o local de Nem, nem de lá e nem de cá, nem daqui e nem dali. Tudo começou com uma Natal sem espaço para crescer que invadiu as terras do norte de Parnamirim, ou uma Parnamirim invadindo Natal tentando um status de ser Zona Sul da capital.
A partir do marco zero de uma cidade e da Rosa dos Ventos posicionada, uma cidade define as suas direções e localizações dos bairros. Por alguma razão não determinada, ou não conhecida, os processos de ocupação vão se definindo com historias e estórias, com acontecimentos. Cada cidade tem a sua historia de crescimento e ocupação do solo urbano.
No processo de urbanização, a população vai ocupando os espaços, de acordo com as suas possibilidades e condições de terrenos oferecidos ou disponibilizados. Na maioria das cidades a Zona Sul é sinônimo e representação de status e qualidade de vida, enquanto Zona Norte é sinônimo de desordenamento na ocupação urbana com problemas de abastecimentos e oferecimentos de serviços.
Todo administrador publico para conhecer bem seu bairro ou município, deve deixar sua zona de conforto, sair de seus refúgios, de seus carros e de seus gabinetes. Sair em campo pesquisando e anotando problemas. Deixar o carro na garagem e utilizar o transporte público, andar pelas calçadas, atravessar ruas e avenidas. A mulher pública deve usar sapatos com saltos altos para manter a elegância e o equilíbrio, pelas calçadas desniveladas, com obstáculos e depressões. Enquanto homens devem utilizar transporte público com ternos e gravatas como nobres senhores, respeitados e respeitadores, representantes autorizados e legitimados pelos votos do cidadão, preferencialmente nas chamadas horas do rush, quando todos querem e precisam chegar ao trabalho ou a suas residências.
Todos os eleitos para as câmaras municipais poderiam experimentar diariamente uma simples saída para uma hora de almoço, direito de todos os trabalhadores. Sair a pé, munidos de seus vales refeições, circulando pelas ruas das cidades em busca de um restaurante, ou uma lanchonete, a fim de satisfazer suas necessidades fisiológicas da pirâmide de Maslow.
Diariamente administradores do executivo e do legislativo e ate mesmo do judiciário podem ter a oportunidade esquecida, de se sentir como pessoas comuns. Cidadãos de um município que exercem seus direitos de ir e vir, e escolher aonde ir, com os membros e as possibilidades que a natureza ofertou. Andar e comer faz bem, relembrar faz bem melhor. Relembrar que um dia foi um simples cidadão, um eleitor insatisfeito com a administração pública, e que procurou se eleger para melhorar. Cada um faz pelos outros aquilo que gostaria que outros fizessem a ele mesmo.
Prefeitos e governantes bem como funcionários dos órgãos administrativos públicos devem motivar a população com limitação de mobilidade a participar e ocupar os logradouros públicos, motivando e incentivando com exemplos, como sentar em uma cadeira de rodas e circular por ruas e calçadas. Com os espaços públicos ocupados, ir-se-ia na busca do respeito mútuo, entre pedestres e cidadãos, as infrações seriam menores, consequentemente as punições.

BLOG/Metropolitano

Texto disponivel em:
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  13/11/2013


Roberto Cardoso
(Maracajá)






segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Terras do Nem e de Ninguém (1)

Terras do Nem e de Ninguém (parte 1)


Nova Parnamirim que muitos ainda conhecem e o(a) reconhecem como Nem, pois muitas vezes fica difícil saber se o bairro esta localizado em Natal ou em Parnamirim. Sem saber se pertence a capital potiguar, Natal, ou a cidade do Trampolim da Vitoria, Parnamirim. Ficando nem lá e nem cá, daí muitos a chamarem, ou a conhecerem, a localidade pela denominação de Nem, a localidade de Nova Parnamirim. Por fim é uma terra de nem e de ninguém. Cada um exerce a sua própria lei, as suas próprias vontades de acordo com as suas próprias necessidades.
Nova Parnamirim vive a duvida Shakespeareana de ser ou não ser. Duvida de ser um bairro de Natal, ou um bairro de Parnamirim, de pertencer ou não pertencer a cidade de Parnamirim/RN ou a cidade de Natal/RN. Enquanto não se define, fica sendo a terra do Nem e de Ninguém. O dilema de ser a Zona Sul (ZS) de Natal ou a Zona Norte (ZN) de Parnamirim. Dicotomias, pois tem problemas de ZN e ares de ZS. Com ares e lugares, geograficamente o bairro esta localizado no lado sul de Natal e do lado norte de Parnamirim.
A Nova Parnamirim, politicamente, pertence à administração do município norte rio-grandense denominado atualmente de Parnamirim, palavra do tupy-guarani que significa ‘rio pequeno’ e é a terra dos parnamirinenses (gentílico).
Com um olhar geográfico, não existe nenhum acidente geográfico, de porte como um rio, vale ou montanha, que defina uma divisa geográfica entre os municípios de Natal e Parnamirim. Distante apenas 12 quilômetros da capital potiguar, com um tempo estimado de viagem de 30 min, faz parte da chamada Grande Natal ou também da denominada Região Metropolitana de Natal.
Avenida Ayrton Senna homenagem ao piloto brasileiro falecido em trágico acidente em um dia do Trabalhador. A Avenida Ayrton Senna parte de Natal, corta o município de Parnamirim pelo bairro de Nova Parnamirim. É destinada a pilotos urbanos deixando trabalhadores e pedestres na poeira e na fumaça dos veículos. Pilotos não satisfeitos com as pistas que permitem altas velocidades, com poucas curvas, quase uma reta, fazem das calçadas seus boxes e pit stops.
Com a desculpa de paradas rápidas, param na pista, atrapalhando o transito, interferem na ocupação das calçadas, impedindo a passagem e travessia de pedestres. Ocupam faixas de pedestres como se fosse um direito a quem está motorizado. Desrespeitam as travessias como donos da pista de asfalto.
Fazendo das calçadas seus boxes, estacionam e não deixam espaços mínimos para a acessibilidade, o direito de todos a utilizar o espaço público, o chamado passeio público. Um desafio à portadores de limitação de locomoção, ou reduzidas possibilidades de locomoção, bem como o transito de carrinhos de bebês, ou mesmo carrinhos de compras para mercados e feiras.
Estacionam em calçadas como uma extensão de suas propriedades. Ocupam vagas de deficientes e idosos por entender que são os mais importantes naquele momento. Por vezes carros grandes estacionam quase que dentro de estabelecimentos comerciais, avançando os limites das portas, dificultando o transito de clientes dentro do estabelecimento, com a conivência de comerciantes e comerciários. Obstruem acesos de pedestres ao comercio garantidos por conhecimentos de outrem.
Entre as travessias da Avenida Ayrton Senna pedestres equilibram-se nos estreitos canteiros centrais da avenida, enquanto os veículos fazem deslocamentos de ares por suas velocidades ao transitar em direções contrarias, pela frente e por traz do pedestre transeunte. Faixas de pedestres pouco visíveis, sem sinalização vertical, desgastadas pelo transito, muitas das vezes partem do nada com destino a lugar nenhum.
Calçadas ocupadas por carros e catralhas, por entulhos e metralhas, por obras e reformas, por desmazelos e atropelos. Ruas disputadas por ônibus e caminhões, por carros e carroças, cargas e descargas, pedestres e cidadãos.

BLOG
Texto disponivel em:
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  11/11/2013



Roberto Cardoso
(Maracajá)







domingo, 3 de novembro de 2013

A construção do conhecimento (8)

A construção do conhecimento (8) M



Feiras e feirantes de um comércio cigano e nômade, itinerantes e errantes, levavam alimentos e conhecimentos a outras paragens, com viagens e carruagens, lambretas e carretas. Um dia se estabilizaram e criaram raízes, formaram seus armazéns para estoques e vendas, de mantimentos e implementos. Bodegas e armazéns, comércios de secos e molhados, evoluíram para mercadinhos e mercados. A iniciativa privada com mais recursos financeiros, detentora de mais conhecimentos logísticos, administrativos, e comerciais transformou mercados em supermercados. Com o tempo e a expansão dos negócios, com crescimentos horizontais e verticais, chegaram aos hipermercados.
Supermercados agora funcionam de ancora comercial, com pequenas lojas em seu entorno interno ou externo, oferecendo produtos e serviços não tão comuns ao interior dos antigos mercados, como produtos e serviços da linha automotiva. Lojas com produtos e públicos específicos como farmácias e revistarias. Espaços destinados a serviços, como terminais eletrônicos bancários e loterias. Empreendedores individuais como chaveiros e engraxates. Pequenas empresas como manicures e cabeleireiros. Lojas de porte como sapatarias e boutiques, pizzarias e lanchonetes. O modelo de mercado “hiper” dá oportunidade a outros negócios criando um ambiente comercial. Expande e aumenta suas atividades, atrai novos clientes, fidelizam uma clientela. Pratica a comercialização de produtos próprios e de terceiros; a comercialização de serviços, tornando-se um administrador de um condomínio comercial, o hipermercado.
Algumas cidades ainda possuem ou preservam seus antigos mercados municipais. Locais onde pequenos produtores levam suas produções diariamente para ser comercializada com a população local. Andar pelos corredores de um mercado municipal leva a conhecimentos sobre hábitos e costumes do local. Hábitos do “dicumer” e do “dibeber”, da criação e da plantação, da cultura e da formação.
Feiras e antigos mercados em pequenas cidades ofereciam produtos de uma antiga classificação biológica dos seres vivos, os dois grandes reinos: dos animais e dos vegetais. As novas gerações comerciais de mercados oferecem serviços e produtos de uma nova classificação adotada com a evolução da biologia, agora em cinco grandes reinos, denominados como: moneras e protistas, fungos, animais e plantas.
Andar entre as gôndolas de um super ou hiper, um gama de informações e conhecimentos são oferecidos e ofertados nas prateleiras. Produtos em diversas modalidades de pesos, volumes e tamanhos. Desde a unidade ao atacado, dúzias e dezenas. Passando por diversas medidas de tamanhos e volumes, passando por litros e mililitros, por quilos e gramas, por metros e centímetros, raios e diâmetros. Embalados em potes e pacotes; latas, caixas e garrafas.
Órgãos e instituições governamentais de controles de pesos e medidas orientam os consumidores a denunciar produtos com quantidades ou conteúdos a menor dos que descritos na embalagem. Produtos já conhecidos e reconhecidos pelo público com embalagens novas e diferenciadas são obrigados por lei a informar novos ingredientes e novos componentes, novas adições e novas subtrações. Novos pesos e volumes de maneira clara, legível e destacada, a fim de evitar enganos por parte do consumidor, já habituado com a embalagem anterior. Todo comercio é obrigado por lei manter a vista e ao alcance do cliente o CDC, código de defesa do consumidor.
Cada produto alimentício, por exigência de lei, deve conter impresso na embalagem a sua composição e ingredientes; datas de fabricação e de validade, carimbos das inspeções sanitárias e públicas cabíveis ao produto. Percentuais lipídicos, teores de sódio e açúcares, valores calóricos. Informações importantes a dietas de hipertensos e diabéticos. SACs – Serviços de Atendimento ao Consumidor. Outras informações possíveis de serem encontradas: valores nutricionais, valores percentuais para dietas diárias de duas mil calorias ou outros referenciais nutricionais, totais e por porção Restrições a portadores de determinadas patologias. Modos e sugestões de preparos.
Produtos químicos e farmacêuticos possuem nomes vulgares e científicos, princípios ativos e antídotos. Datas anteriores e posteriores, descartes de embalagens e sobras de produtos. Informações básicas nas embalagens e mais detalhadas em impressos anexos. Outras informações podem estar contidas nas embalagens dos produtos: modos de preparos, posologias e diluições; condições de armazenagem, prazos de usos e desusos antes e depois de abertos. Destinados a bebes e crianças, jovens e adultos; de uso agrícola ou de uso animal e veterinário. Elementos e componentes nocivos á saúde e suas alternativas em casos de ingestão ou inalação acidental. Telefones de emergência e orientação médica.
Uma aula em cada embalagem que vai das compras ao local de uso ou consumo, aulas de química, física e biologia; contabilidade, administração e gestão. A gestão da qualidade e da validade, partir do que é colocado na prateleira da dispensa, do freezer ou geladeira, três ambientes, três temperaturas. Três prazos e três modelos de validades e condições de armazenamento.
Grandes mercados atacadistas e varejistas ainda proporcionam uma aula de controles de estoque, no vai e vem de empilhadeiras e paleteiras, movimentando mercadorias palatizadas do estoque para a área de comercialização. Movimentam mercadorias estocadas no piso ou em altas prateleiras suspensas, alcançadas por empilhadeiras. O trabalho de reposição é completado por funcionários próprios, ou representantes dos fabricantes de produtos oferecidos ao consumidor.
Depois da propedêutica entre gôndolas e corredores do hipermercado, entre baias e vagas no estacionamento, são as tarefas ou deveres levados para casa. A noção intuitiva de armazenar e administrar estoques em casa, a intuição do sistema PEPS, o primeiro que entra é o primeiro que sai. Produtos secos separados dos molhados, gelados e congelados, comestíveis e não comestíveis, para uso animal ou humano, de higiene ou de limpeza. Medicamentosos ou terapêuticos, de usos diferenciados.
Comunicologia: Produtos como leite em embalagens, em caixas, do tipo longa vida ainda carecem de uma observação e legislação na classificação. Três são as cores predominantes utilizadas nas embalagens, azul, verde e vermelho. Mas cada fabricante ou envazador do produto utiliza as cores com seu próprio critério, para indicar se o leite é integral, desnatado ou semidesnatado. A padronização de cores predominantes nas embalagens seria um fator importante para o consumidor ao escolher o tipo leite desejado


FIM (8)


Entre Natal e Parnamirim/RN ─  3/11/2013
Jornal de HOJE


Roberto Cardoso
(Maracajá)

Estrategista

Reiki Master & Karuna Reiki Master

023.1461.13 CMEC
Cadastro Municipal de Entidades Culturais
Fundação Cultural Capitania das Artes
FUNCARTE
Natal/RN

Cientista Social
Jornalista Científico
Colunista em Informática em Revista

Indicação ao Premio colunista na publicação:
“Informática em Revista"

Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)







domingo, 27 de outubro de 2013

A construção do conhecimento (7)


A construção do conhecimento (7)
Versão 2

 

A cabeça de um aluno não é uma caixa vazia, de paredes colabadas, onde se possam inserir conceitos com uma exposição oral ou escrita, áudio ou visual. Conhecimento se constrói com os usos e abusos dos sentidos, uma organolepcia induzida. Um conhecimento pode ser produzido e assimilado reciprocamente, por alunos e professores, tal como dois vasos comunicantes onde os níveis dos líquidos tendem a se equilibrar. Mestre é o professor que aprende mais que o aluno em colóquios educacionais, as dificuldades se tornam oportunidades.

Os denominados CSTs, objetivam acelerar a chegada da mão de obra ao mercado de trabalho, bem como permitir aos que já no mercado, obterem uma diplomação na atividade. Uma necessidade nacional, do Brasil, participar na competitividade do mercado global, uma ação estratégica, em um mundo internacionalizado, econômica, política e educacional. Um país se constrói com homens e livros, disse Monteiro Lobato. Agora se constrói com cidadãos e conhecimento.

As TICs, não substituem recursos pedagógicos nem a presença no ambiente escolar. Elas acrescentam, são novos recursos, levam o meio exterior ao meio interior. “Quando a roda grande entrar na roda pequena” ─ um dito profético. O conhecimento é construído reciprocamente, entre aluno e professor.  O aluno chega a escola com vivencias e experiências novas diariamente, muito bem familiarizado com as TICs. Rádio, teatro, cinema e TV fazem parte de um passado recente, a informação esta literalmente na palma da mão.

Professores dos CSTs foram pegos de surpresa, não foram capacitados a lidar com novos alunos, com conhecimento oriundo de experiências, vivencias e convivências, como dizem os titulados da academia, as expertises de cada um. Exaltam as suas expertises e tentam ignorar, menosprezar as dos alunos. Em seminários os palestrantes são apresentados com exaltação dos feitos com efeitos, graduações e titulações, aqui, ali e alem mar. Uma batalha conferencista onde os títulos e canudos são suas armas e escudos.

Professores imbricaram o que aprenderam, o aluno é um ser sem luz (alumes, sem luz). Professam aquilo que aprenderam, enquanto alunos e professores devem ser estudantes e estudiosos, com simbiose. Uma multiexpertise lustrando e ilustrando os ambientes educacionais, uma educação sem fronteiras e sem barreiras, operada por facilitadores.

A Terra é redonda e o mundo é quadrado. As teorias acadêmicas formam um mundo cuboide multifacetado transpassado por retas, diagonais, secantes e tangentes. Fazem do mundo uma bandeira anglicana tridimensional. A academia acolhe detentores de um poder simbólico, posicionando-os em uma cátedra simbólica como donos de um conhecimento intocável, que intimida evitando questionamentos. Impõem uma dieta de conhecimentos julgando oferecer o suficiente e necessário.

Experiências começam em de casa. Planejar um jantar ou um almoço é o início de um processo decisório que não vai simplesmente ajudar uma tomada de decisão. Para decidir é preciso conhecer as opções elencadas no processo. Ao pensar um cardápio, a primeira duvida é saber quem vai comer: um carnívoro, um vegetariano ou um onívoro, quem sabe até um macrobiótico. Com onívoros vem a duvida de preparar pratos a base de carne, de peixe, de ave, ou de massa. Com carnes, aves e pescados, a escolha do corte, tipo e classe de animal, mamífero ou reptil, caçador ou predador. A ave pode ser de caça, de granja, ou caipira. Peixes de mar, de rio ou de lago, nativo ou de criação. O pescado pode ser salgado, fresco ou congelado. Em conserva, peixes, crustáceos, moluscos, bivalve ou octopode, de águas rasas ou profundas, de maré alta ou baixa, igarapé ou mangue. Nacional ou importado, de Xarias ou Canguleiros.

Massas geométricas bidimensionais e tridimensionais, com coberturas, recheios e molhos diversos. Uma infinidade de vegetais silvestres ou cultivados, medicamentosos e fitoterápicos: raízes, folhas, frutos e sementes, nativos ou importados. Secos, frescos ou congelados, em conservas condimentadas e/ou processadas. Embalados em papeis ou plásticos, vidros e alumínios ou outros minerais simples e compostos, um passeio pela tabela periódica, driblando o tempo e as intempéries.

Com o ingrediente dos pratos principais, o modo de preparo: assado, frito ou cozido, dependendo do linguajar local ainda pode ser torrado ou picado. Os temperos a serem utilizados, entre marinados e vinha d’alhos, mais uma variedade de especiarias e condimentos. Ovos e ovas com proteínas e placentas. Ácidos cítricos, acéticos e balsâmicos, óleos e azeites, aromatizados ou mixados. Féculas e amidos de tubérculos e sementes. Variedades de cloreto de sódio, do líquido ao sólido, do grosso ao finíssimo, passando pelo refinado, na arte e na textura.

Preparados na brasa ou na lenha, outra lista de opções começa, sobre o local, instrumentos e utensílios a serem utilizados, com atenção aos itens de segurança, não só do fogo, mas da conservação dos alimentos. Dependendo do número de pessoas uma linha de produção deve ser organizada para que todos sejam servidos a contento. A disposição das mesas e dos alimentos sobre elas pode levar a um estudo de tempos e movimentos evitando aglomerações e filas.

Por fim ainda será necessário saber se entre os comensais há algum hipertenso ou hiperglicemico. Se há alguém com restrição de algum alimento, orgânico ou inorgânico. Dietas temporárias ou permanentes, médicas ou estéticas, qualitativas ou quantitativas. Os alimentos servidos devem ter alertas a fenilcetonúricos, intolerantes a lactose ou glúten. Identificados de seus altos ou baixos teores, de gorduras e açucares (light ou diet), para uns remédios para outros venenos.

Planejar e preparar uma refeição requer enormidade de conhecimentos, podendo ser preparado por uma simples cozinheira ou renomado chef de rotisserie, orientado por dona de casa ou nutricionista. De uma salada de alface a uma salada Caesar, importante é que todos saiam satisfeitos, alimentados da alma do corpo e da mente com sabores e saberes.

Outros processos decisórios seguem, com bebidas e sobremesas, fechando com um cafezinho que é feito com os mesmos princípios, de água e pó, mas não dão resultados iguais se feitos por pessoas diferentes.

FIM (7)

Jornal de HOJE

 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  27/10/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
Estrategista
 
Reiki Master & Karuna Reiki Master
 
 
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FUNCARTE
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(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

domingo, 22 de setembro de 2013

A construção do conhecimento (2)


A construção do conhecimento (2)

 

Existem algumas teorias da criação e formação do Mundo e do Universo. Todas são teorias, hipóteses de uma criação universal. O ser humano só entende algo que tenha um início, um meio e um fim, tal como ele mesmo vê acontecer com os outros seres e com seus semelhantes. Não admite um universo sempre existente, sem início e sem fim. Para tudo tem que haver um fato, uma causa, um efeito. Um momento de criação e uma responsabilidade pela criação, e se não foi o homem o responsável pela criação, foi um deus do mundo invisível. Todo efeito tem que ter uma causa, mesmo que não se comprove ou veja por meios científicos. Tal como o vento, o homem sempre o sentiu, mas não o via, apenas sentia sua passagem e sua temperatura, até que pode justificar os ventos pelos estudos de variação de pressão em pontos diferentes. A religião e a ciência são duas retas que se encontram no infinito.

Hoje existem candidatos a uma viagem de ida sem volta ao planeta Marte. Aquele viajante da viagem sem volta que conseguir se adaptar e sobreviver vai se fixar naquele planeta. Lá irá constituir e construir uma história de gênese naquele novo planeta, para justificar e explicar aos seres descendentes. E seres vindos do céu em naves espaciais trarão mensagens da Terra. Antes não havia naves espaciais, havia carruagens, e carruagens de fogo desciam do céu. Os relatos são de acordo com o conhecimento do escritor. Com certeza a nave que levará os pioneiros terá um computador de bordo controlando todos os sistemas, e os pioneiros estarão autorizados a mexer em algumas placas que são verdes como um jardim. Mas estarão proibidos de mexer no circuito central do computador onde tem o desenho de uma fruta mordida.

Até que o cientificismo com suas provas e contraprovas prove o contrário, a história do mundo, do nosso mundo, começa com dois personagens, em nosso planeta, Adão e Eva em um paraíso, um lugar com as necessidades básicas de sobrevivência a seres humanos, a uma geração de descendentes da raça adâmica.

Adão e Eva, um casal com o objetivo de ocupar o planeta, crescendo e se multiplicando. Dispunham ali naquele jardim, um pomar com uma infinidade de frutos para saciar a fome fisiológica da necessidade corporal. E apenas um fruto dentre tantos naquele jardim era proibido, o fruto do conhecimento. A árvore no centro do Edem ficou simbolizada pela macieira, a arvore que produz o mesmo fruto com diversidades simbólicas, o fruto que foi envenenado pela bruxa no conto de Bela Adormecida, o fruto que caiu na cabeça de Newton fazendo-o entender a gravidade. E ainda o mesmo fruto que inspirou Steve Jobs, na criação de uma logomarca. Steve Jobs logo após a sua morte apareceu em uma nuvem em capas de revistas. Macintosh é uma variedade de maçã, apreciada por um parceiro de Steve Jobs.

Por muito tempo a maçã foi a fruta simbólica que alunos levavam como um presente à professora, a provedora do conhecimento. Um fruto que cortado ao meio, dá ideia de ressurgência, e foi a partir da ingestão de um alimento que começou o conhecimento, Adão e Eva no paraíso. O conhecimento começa pela boca, pelos saberes e sabores.

Adão e Eva provaram justamente daquele fruto que era proibido e se deram conta de situações que não tinham conhecimento anterior. Perceberam que estavam nus e precisavam de vestimentas, não só para cobrir a sua nudez, mas para fazer excursões e incursões a outras paragens, e ocupar um planeta com variações de temperatura e diversidade climática.

O Brasil não viveu a época das descobertas e usos dos metais. O Brasil viveu e ainda vive a época do couro. As vestimentas dos vaqueiros são as suas armaduras, para se proteger de inimigos na caatinga. O sertanejo cobre o corpo com gibão de couro para se proteger não só das juremas e seus espinhos, mas também de mandacaru, facheiro e xique-xique. Fica bem expositivo isto no depoimento de Cila, testemunha do massacre, falando sobre o cerco policial, que matou Lampião.

A Bíblia é encarada como um livro religioso, mas é um manual de instruções para sobrevivência no planeta, e a ciência se apropria de elementos da religião (A usurpação da ciência 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Jornal de Hoje. ago e set/ 2013). A Bíblia com tantas informações contidas justifica ser um livro sagrado, deixado pelos primeiros ocupantes do planeta.

 

Artigo Publicado:
Jornal de HOJE | Nº 4.747
Natal/RN
segunda-feira - 23/09/13
 
 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  22/09/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nísia e o Baobá


Nísia e o Baobá
 

Relatos dos arquivos da história norte-rio-grandense dão conta que invasores holandeses ocuparam a região de Nísia Floresta. Foram embora e não contribuíram, não deixaram alguma obra significativa ao povoado, fase histórica considerada como uma época de estagnação (Terras Potiguares, Marcus César Cavalcanti de Morais – IHGRN, 2007).

A importância e distinção de sua filha mais ilustre é que provocou a troca do nome da antiga localidade com denominações anteriores de Papary e Paraguaçu (sec. XVII), Vila de Papary e de Vila Imperial, para município de Nísia Floresta (1852/1948 – desmembramento e troca de nome).

Nísia Floresta Brasileira Augusta, um nome formado pelo pseudônimo poético da famosa escritora potiguar de Papary, Dionísia Gonçalves Pinto. Floresta em razão do Sítio Floresta local do seu nascimento, onde se encontra seu mausoléu. Brasileira uma referencia nacionalista de uma época que viveu fora do país. E Augusta em referencia ao seu segundo marido chamado Augusto, e pai de sua filha Lívia.

Atualmente o município de Nísia Floresta/RN, conta com um turismo na orla marítima, com diversas praias, ecoturismo e turismo lacustre, com lagos de importância pesqueira, desde o tempo em que era ocupada por índios Tupis, quando Papary era o nome de uma lagoa, entre outras, com pesca abundante.

Nísia foi uma mulher de ideias avançadas para a sua época, teve ideias revolucionárias diante a sociedade conservadora daquele momento de sua existência, chegou a receber inúmeros adjetivos em função de suas opiniões. Usou um pseudônimo conhecido internacionalmente. Publicava artigos em jornais falando da condição feminina naquele momento.

Hoje o centro da cidade de Nísia Floresta/RN conta com um exemplar de baobá, arvore de origem africana, plantado em 1877. O exemplar existente no centro da cidade, próximo ao terminal rodoviário, a antiga estação ferroviária, a praça principal e a igreja central, tem tombamentos e preservação em ambitos, municipal e federal. É possível encontrar outros exemplares de baobás em regiões próximas (por ex. Natal/RN e Macaíba/RN).

Há algumas hipóteses e estudos tentando comprovar e afirmar que autor do livro O Pequeno Príncipe (Le Petit Prince, 1943 nos EUA), o romancista francês Antoine de Saint-Exupéry teria passado nesta região e conhecido a arvore de origem africana, o baobá, e esta seria a razão de incluir o vegetal na história do seu livro.

Com a presença portuguesa no local nos idos de 1700 é que a região começou a tomar impulso, época que foi arruada a localidade e construída a Igreja de Nossa Senhora do Ò, a padroeira da cidade. Prosseguindo então a região com uma economia pesqueira e agrícola.

Hoje o município de Nísia Floresta conta com uma área de 306 Km2, e suas atividades econômicas estão compostas alguns setores como agropecuária, pesca, extrativismo e comercio.

 

DCE/FMN

 
Entre Natal e Parnamirim/RN ─  19/09/2013
 
 
 
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