segunda-feira, 26 de outubro de 2015

SSP – Sobre Saúde Pública


SSP – Sobre Saúde Pública
 
PDF 512
 
 

 

Saúde publica é muito mais que a disponibilização de postos de saúde com oferecimento de vacinas e orientações de saúde à população residente no bairro e arredores, com diversidade de especialidades médicas e consultas ofertadas. É muito mais que a disponibilidade de ambulatórios, clinicas e exames laboratoriais; é muito mais que a disponibilidade de leitos e exames específicos em hospitais. É muito mais do que as ambulâncias que prestam serviços aos acidentados.

Saúde pública começa na porta de casa, começa no portão que dá acesso à rua. O direito de ir e vir, e a liberdade de entrar e sair. Saúde pública começa ao sair do espaço privado ou particular, e entrar no espaço público, o espaço entendido como do direito de todos circularem, sem impedimentos que possam limitar o seu caminhar. Saúde pública é poder ir a uma instituição de saúde, e poder voltar para casa. Ter caminhos e calçadas livres até os pontos ou paradas de ônibus, com coberturas para proteger do sol e da chuva. Espaço necessário para aguardar coletivos com tempos de intervalos não calculados e não esperados, com um abrigo para os imprevistos.

Saúde pública começa por baixo das ruas e calçadas, na porta de casas ou de estabelecimentos diversos, onde circula a água encanada e tratada, junto com a oferta da coleta da agua usada, a coleta de esgotos sanitários. Saúde começa pelas ruas onde há coleta de lixo comum e lixo classificado ou selecionado, com critérios de riscos e insalubridade. Saúde pública começa com cada proprietário ou inquilino, conservando e mantendo limpa e livre, a sua própria calçada. O direito de todos circularem livres pelas calçadas, descalços ou calçados. Com pisos planos e sem obstáculos.

Saúde pública começa com a possibilidade de sair de casa com calçadas livres e desimpedidas para permitir a circulações de pessoas a pé, com bengalas, muletas ou cadeiras de rodas, indivíduos com ou sem alguma deficiência de locomoção. Saúde pública precisa que os carros não ocupem as calçadas. Saúde pública começa com lugares para circular uma ambulância, ou mesmo um carro particular para transportar necessitados em busca de ambulatórios e hospitais públicos, e até particulares.

Cada carro é uma responsabilidade e um problema de seu proprietário ou condutor, responsabilidade de procurar ambientes e espaços destinados as suas paradas e estacionamentos, sem impedir ou ocupar o espaço do outro com direitos primitivos adquiridos. Existe uma escala de prioridades para ocupar os espaços. Um sistema de informação e comunicação já foi criado, com placas, faixas, desenhos e cores, identificando os espaços. Uma komunikologia está presente nas ruas, por cores e obstáculos.

Saúde publica começa com o direito de circular livre para chegar a um médico ou farmácia. Começa com calçadas livres para acessar lugares ondem existam alimentos para ser oferecidos, prontos ou ainda por preparar. O alimento é o primeiro medicamento, preventivo de males e doenças.

Saúde pública começa com calçadas e acessos liberados, entradas de farmácias de redes particulares; entradas de clinicas e hospitais públicos ou privados. Transito livre de ambulâncias, com direito ao estacionamento, as rápidas paradas de urgências e emergências.

Saúde pública começa com ruas e avenidas não permitindo os estacionamentos ao longo do meio fio, que impedem a travessia de uma rua, deixando o pedestre preso sobre um passeio, impedido de atravessar a rua pelos carros estacionados, todos enfileirados.

Saúde publica começa pela facilidade de ir a algum lugar, com recursos deambulatórios próprios, a acessibilidade.

 

 

 

Texto disponível em:




 

 

 

Em 26/10/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
Plataforma Lattes
Produção Cultural
 
 
Maracajá
 
 

 

 

 

 

Ainda sobre saúde pública.

 Saúde
http://www.publikador.com/sociologia/maracaja/2015/06/saude/

Saúde e Conferencia
http://www.publikador.com/opiniao/maracaja/2015/06/saude-e-conferencia/

Os SUSustos do SUS
http://www.publikador.com/saude/maracaja/2015/01/os-sustos-do-sus/

O SUSto da fraude
http://www.publikador.com/saude/maracaja/2015/02/o-susto-da-fraude/

 

Segurança nas ruas.

 
A Relatividade de um metro quadrado
http://www.publikador.com/politica/maracaja/2015/06/a-relatividade-de-um-metro-quadrado-1m2/

Legislando sobre a calçada alheia
http://www.publikador.com/politica/maracaja/2015/04/legislando-sobre-a-calcada-alheia/

Manifestação silenciosa
http://www.publikador.com/meio-ambiente/maracaja/2015/03/manifestacao-silenciosa/

Regime de engordamento.
http://www.publikador.com/meio-ambiente/maracaja/2015/09/regime-de-engordamento/

Amarelos QAP/QST/QTA
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/08/amarelos-qapqslqta/

Incultos nas Igrejas
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/08/incultos-nas-igrejas/

Tem algo coisado na parada
http://www.publikador.com/esportes/maracaja/2015/07/tem-algo-coisado-na-parada/

Na tal tolerância zero – Resgatando uma novidade (RN)
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/07/na-tal-tolerancia-zero-resgatando-uma-novidade-rn/

 

 

Sobre komunikologia.

 

Nas trilhas da komunikologia
http://www.substantivoplural.com.br/nas-trilhas-da-komunikologia/

Komunikologia I
http://www.publikador.com/tecnologia/maracaja/2015/06/komunikologia-i/

Komunikologia II
http://www.publikador.com/outras/maracaja/2015/06/komunikologia-ii/

Enfermagem e komunikologia
http://www.publikador.com/saude/maracaja/2015/06/enfermagem-e-komunikologia/

Komunikologia em odontologia
http://www.publikador.com/sociologia/maracaja/2015/05/komunikologia-em-odontologia/

Uma komunikologia no militarismo
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/01/uma-komunikologia-no-militarismo/

Komunikologia dos alimentos
http://maracaja.redereceitas.com.br/receita/komunikologia-dos-alimentos

Komunikologia em segurança publica
http://www.publikador.com/meio-ambiente/maracaja/2014/10/komunikologia-em-seguranca-publica/

Komunikologia em farmacologia
http://www.publikador.com/saude/maracaja/2014/08/komunicologia-em-farmacologia-kf1/

 

Conhecimento e informações nas ruas.

 

O conhecimento que circula pelas ruas (parte 1)
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/01/o-conhecimento-que-circula-pelas-ruas-parte-1/

O conhecimento que circula pelas ruas (parte 2)
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/02/o-conhecimento-que-circula-pelas-ruas-2/

O conhecimento que circula pelas ruas (parte 3)
http://www.publikador.com/economia/maracaja/2015/02/o-conhecimento-que-circula-pelas-ruas-3/

O conhecimento que circula pelas ruas (parte 4)
http://www.publikador.com/turismo/maracaja/2015/02/o-conhecimento-que-circula-pelas-ruas-4/

O conhecimento que circula pelas ruas (parte 5)
http://www.publikador.com/tecnologia/maracaja/2015/02/o-conhecimento-que-circula-pelas-ruas-5/

 

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Cartas a um professor


Cartas a um professor

Cartas a um mestre e doutor

 

PDF 506

 
 
Cartas a um professor e cartas a um mestre e doutor. Cartas aos que professam suas ideias, diante uma classe sentada e disposta a assistir suas declarações, com suas palmatórias e suas notas decisórias.

Dia do mestre, e dia do professor. O dia de agradecer aquele que se dispos a orientar, a ensinar. O dia daquelas que conduzem o aluno nos primeiros passos. Dia de agradecimentos e dia de mandar cartas. Cartas que podem facilitar suas novas visões nas proximas preparações. Proximas aulas e proximas provas. Proximas orientações. Proximos amigos que podem ser vistos sempre como alunos ou orientandos.

Cartas para entender as novas gerações, que chegam com um maior conhecimento, e um aparelho de comunicações e informações na palma da mão. Alunos que já chegam iluminados, os novos iniciados.

15/10/15

 

A velocidade da informação


 

Cartas a um mestre e doutor

Do útero a pós graduação


A Dialética da zona de conforto


O egoismo do tempo


A praxis do existir


Notas sobre o tempo


O conhecimento que as universidades já não produzem





1ª carta



2ª carta


3ª carta


4ª carta


5ª carta


6ª carta


7ª carta


8ª carta


Mi mi mi




 

Dia do professor

15/10/2015

 

Disponivel em:


 

 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Nas trilhas da Komunikologia


 
Nas trilhas da Komunikologia
 
PDF 504

 
 
Voltando no espaço e no tempo, é possível lembrar do vento. Ventos quando ainda haviam matas e florestas. Ventos que entravam em matas fechadas, procurando espaços entre as arvores de matas e florestas, para então chegar em um outro lado, ou chegar em espaços fechados, mas abertos em clareiras, um espaço amplo para uma meia volta do vento. Um lugar para parar, descansar e sair em busca de outros caminhos. Traçando caminhos de vento, esgueirando-se entre as arvores.

E o homem daquele tempo seguiu os passos do vento, em busca de seus próprios caminhos, para se embrenhar nas florestas densas, em busca de caças, sementes, frutos e outros alimentos. Com o tempo, e com o caminhar dos elementos, eles iam deixando marcas pelo caminho, tal como o vento. Marcas que aumentaram com o tempo, amansaram as matas, e matos rasteiros, criando as primeiras trilhas. Passos sequenciais que marcaram um espaço, uma trilha, um caminho demarcado com o tempo. E outros elementos que não eram desbravadores, foram beneficiados por um caminho já traçado, já explorado e com destinos determinados. Mas não havia placas pelos caminhos.

Ainda não chegara os tempos das placas, mas havia informações pelo caminho. O homem daquele tempo, vivia em busca de informações que encontrava pelo caminho, pelas trilhas criadas. Sinais informativos que não estavam em placas. Ouviu cantos de pássaros, e sons de insetos diversos. Viu o caminho das formigas, que deixavam marcas invisíveis pelo caminho.

Hoje pistas e avenidas são abertas e construídas, nas cidades formigueiros. E agora as informações são deixadas em placas. Placas e faixas ao longo da avenida para alertar os motoristas que vem atrás, com destinos já pesquisados. Sinais de alerta e sinais de perigos. Sinais para outras formigas. Formigas mais lentas e formigas mais frágeis, diante os carros de lata, construídos sobre uma estrutura de aço.

Os homens tecnológicos com pesquisas em laboratório, pesquisaram e encontraram uma substancia eliminada pelas formigas, um produto químico, deixado pelas formigas em seus caminhos. Dizem os pesquisadores com estratégica cômica, que é um produto químico, enfim um elemento químico identificado, com uma formula bem pequenininha, para caber dentro das formiguinhas. O ácido fórmico ou feromônios não importa, mas é um composto químico pesquisado em laboratórios. O homem tecnológico saiu em busca de provas, que o convencessem, um autoconvencimento pelos seus próprios argumentos. Criou a química e definiu formulas, químicas orgânicas e inorgânicas.

E ficou uma lição deixada pelas formigas. Deixar uma informação pelo caminho, para que outras formigas possam seguir a mesma trilha que levam a um lugar pesquisado pelas formigas que vão a frente, e identificaram um lugar com mantimentos necessários e suficientes.

Com ácido ou sem ácido, cada um entre o homem e as formigas, deixaram marcas pelos caminhos, para que outros pudessem seguir uma mesma trilha. Trilhas com marcas químicas ou visuais, trilhas aromáticas ou virtuais. Os escoteiros seguindo várias trilhas, criaram marcas para serem deixadas pelos caminhos. Marcas com gravetos para que os escoteiros que seguem atrás, possam saber as direções tomadas pelo grupo que segue a frente. Até aqui, homens ou formigas, escoteiros ou excursionistas criaram e traçaram trilhas. Caminharam pelas trilhas carregando o que poderiam carregar com sua própria força. E o homem criou outros elementos para transportar pertences e mercadorias como: bolsas, sacolas e mochilas, adaptáveis a sua força e anatomia. Com outros tipos de transportes criou outros equipamentos, e novas placas e marcas.

 

Texto publicado em:
http://www.substantivoplural.com.br/nas-trilhas-da-komunikologia/
 
Texto disponível em:


Newspaper



Newspaper
 PDF 505
 
 
 
News paper, um novo papel do jornal e do jornalismo; as novas oportunidades dos jornalistas. Uno nuevo trabaho del periodista. A nova responsabilidade do editor, e o novo compromisso do colunista. A nova versão do conhecimento no compromisso social da ciência. Um novo comportamento da academia, abrindo os portões para a sociedade estabelecida à sua volta. A popularização do conhecimento encontrado em livros e revistas cientificas, com a informação em novas mídias, dos jornais e das revistas, com maior velocidade de informação, por textos rápidos e objetivos. A introdução e o prefacio do conhecimento.

A informação que já circula nas mãos de cada um, uma informação para fazer links com outras informações que estão a volta. Cada vez ela é mais rápida a partir de equipamentos conectados com bases de informações, e interconectado com outros aparelhos do mundo. Não só um exame clinico pode ser feito a distância, como um profissional interpretador de exames e laudos pode ser formado, especializado e capacitado à distância. Universidades já disponibilizam cursos on line e cursos à distância. Em cena a reinvenção dos cursos por correspondência.

Restruturação e alinhamentos; atualizações e adequações de cursos contínuos, não possuem a mesma velocidade, pois precisam de dados, reuniões e avaliações para tomar decisões e fazer alterações. A cada turma formada não há tempo para ver resultados e identificar o feed back dos formados. E cada vez mais fica claro um modelo de auto formação, cada um escolhendo seus conhecimentos direcionados e paralelos. Resta algo a instituição educacional até o momento, somente o respaldo e o reconhecimento, construído com seu histórico.

Ainda persiste a ideia, de que só mediante a uma comprovação por escrito, de um conhecimento adquirido, com um diploma ou um certificado atestado por outrem. Só quem não domina um conhecimento precisa conferir o conhecimento do outro, por um papel assinado e reconhecido. Situação de tempos distantes como uma cartinha do curso de alfabetização, atestando que o referido, o possuidor do citado diploma, sabe ler e escrever, mesmo estando ali presente lendo e escrevendo uma ficha de cadastro.

O conhecimento fruto da informação é cada vez mais rápido. Quem sabe ler e escrever tem o livre arbítrio para escolher suas leituras, seus discos e seus livros. E pode agora escolher seus sites, seus blogs e seus links. Independentemente de ter uma casa no campo ou na cidade.

 

Texto encaminhado para:

Informática em Revista – Natal/RN

 

Texto disponível em:

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Receita de texto e segredos de um pão


Receita de texto e segredos de um pão

 PDF 502

 
 
Ao ser convidado para estar presente em Quintas Literárias, veio junto uma pergunta que sempre esteve presente com a dupla de mediadores preferidos, e uma diversidade de presentes, os que são escolhidos semanalmente para compor a mesa, e serem arguidos. O questionamento sobre como cada um faz sua a criação. E a plateia fica atenta para uma receita de inovação.

Os mediadores preferidos não compareceram, desta vez. Foi a vez daquele que os classifica como os seus mediadores preferidos. E a mesma pergunta sempre presente não faltou: Como escrever um texto. Como escrever o texto classificado como crônica. De onde vem os personagens e de onde vem a inspiração. Como surgem os pensamentos. A resposta desejada: uma receita.

Sabe-se de antemão que desejam uma receita. Receitas que possam dar certo em suas cozinhas da mente, com neurônios ferventes. Depois de outras quintas chegara a minha vez, com a pergunta fatídica. E a receita lembra de como preparar um texto, ou como pode-se escrever um pão. Nas mais diversas combinações: trançados, enrolados e formatados. Podendo inclusive escrever em outras línguas, sendo as mais comuns: americano, francês, italiano e australiano. Receitas locais podem levar macaxeira e ter a forma de carteira.

Esclarecendo que o pão americano é tal como a própria cultura, feito em formas no estilo quadrado com cantos angulares, e vendido em fatias sempre iguais. A visão cartesiana e formatada, até no pão americano, próprio para sanduiches de frios, em camadas, ou pastas espalhadas. Pequenas porções de pão americanos circulam por festas com nomes de canapés. Na Espanha encontramos os famosos tapas. O pão é um alimento secular que permanece no tempo, não é superado pela tecnologia. Mas vamos para as novas e-tapas.

Escrever um texto é como preparar um pão caseiro. É necessário primeiro saber os ingredientes disponíveis, e na falta de um ingrediente, é necessário ir à rua conseguir, em um supermercado, em uma livraria ou biblioteca. Pode até encontrar em uma padaria. Talvez um vizinho que tenha uma revista, um livro ou um texto da lista de ingredientes possa ajudar. No computador também podemos encontrar uma receita, citada na net; ou uma ideia e uma sugestão em um chat. E o (a) vizinho (a) da net, no final vai querer provar. Vizinho ou vizinha pão doce ou salgado. Pode ser recheado com amêndoas ou Almeida. Farinha Poty ou Paty, do moinho potiguar.

Primeiro passo é diluir o fermento em agua ou leite morno. Sem misturar todos os ingredientes e todas as informações de uma vez. É preciso diluir para começar a fermentar. Diluído o fermento e escolhido o tema do texto, convém esperar algum tempo para a levedura fermentar, e aumentar de tamanho. É a primeira etapa para criar, é o processo do trabalho das leveduras. Canalizações químicas e pontes de criações começam a atuar. Hora de o processo descansar.

Terminada a fermentação chega o momento de outros ingredientes, farinhas diversas podem ser adicionadas. Farinhas que atravessaram estradas, foram empacotadas e estocadas, obedecendo um tempo de validade. Com prazos de validade vencido, das farinhas e das informações, o processo pode não vingar. A massa formada com a farinha e a porção de fermento é bem misturada e sovada. Até que depois de todas as informações, todos os ingredientes estejam em um novo ponto de esperar, e fazer uma nova espera, e um novo crescimento.

Chega-se a última etapa. Todas as informações e conhecimentos estão todos incorporados a uma massa em forma de texto. Chega a hora da formatação. Critérios de margens de crescimentos e os tamanhos das formas e formas necessárias. Estilos de fontes e letras. O pão pode ter diversas formas. Um breve tempo para a massa se acomodar na forma é necessário. Quando entrar no forno, o calor intenso irá terminar com as leveduras biológicas, e o pão deixa de crescer, para assar.

Uma nota importante. É preciso ter e reconhecer todos os ingredientes. Saber suas origens e seus processos de transformações. Produtos que saíram do campo sofreram processos de industrializações. Embalagem, transporte e empacotamento. Já não são os mesmos colhidos em suas origens. Informações de outros, além da origem dos acontecimentos, também foram transformados ao longo de um tempo.

Por fim uma finalização. Um creme ou uma manteiga pode ser passado por cima da massa assada. Por fim uma pequena participação de uma nova presença. Com um nome reduzido e a sua pequena. Primeiro observaram pelo vidro, o forno onde era assado o pão. Entraram discretamente, ficaram logo no primeiro assento encontrado. Parece que atravessaram as placas de vidro do forno e da sala. E chegaram a tempo de participar da minha quinta literária.

E chegara um pedido amizade na minha rede do clube virtual. Com direito a primeira fatia, o primeiro pedaço para ser degustado. Espero que esteja cru e não tenha queimado. Que tenha ficado bem assado. Em outro momento, podemos tentar outra massa, com outras receitas.

 

 

Texto disponível em:


 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Os Grandes legados da Copa


Os Grandes legados da Copa

 PDF497
 
 

 

A Copa terminou e não foram encontrados os legados prometidos que seriam deixados, muitos foram postergados para as olimpíadas, outros foram ocultados. Mas surgiu uma crise dita como internacional. E perdeu-se no noticiário os investimentos do PAC, um dinheiro que surgiu do nada para preparar o Brasil para o mundo, um Brasil capaz de sediar uma Copa. Modificações urbanas serviram para o melhor deslocamento de comitivas e turistas. Terminada a Copa restabelece-se o caos, com o trânsito caótico.

 

Uma sequência de textos, na época da Copa foram escritos e publicados, com o título de “Os maiores legados da Copa”. Textos para serem lembrados.

 

 

 

O maior legado da Copa


 

Nos últimos anos o Brasil tem passado por transformações antes nunca vistas, e em curto espaço de tempo. O Programa de Aceleração do Crescimento - PAC vem acelerando ações e investindo dinheiro nas mais diferentes áreas.  

Uma verdadeira faxina e maquiagem vêm acontecendo para receber as visitas que avisaram sua chegada de última hora. Reformas de adequação e ampliação em aeroportos se tornaram necessárias. Acessibilidade e facilidades de deslocamento em grandes centros, ampliando e investindo no transporte público dos centros urbanos. 

Alguns apagões motivados por excesso de demanda, falhas no fornecimento e stress no sistema de distribuição, deixaram diversas cidades e estados às escuras. E agora todas as obras, novas e recentes, para receber os convidados possuem sistema de ar condicionado. Rodoviárias, aeroportos, estações de transferências nas vias urbanas e metrôs são as obras de responsabilidade do setor público. Shoppings, lojas e restaurantes, obras de responsabilidade do setor privado, aliado a grande oferta de imóveis novos. A acessibilidade climática para povos de zonas frias e temperadas, para que não sintam diferenças ou desconfortos na zona tropical. 

Cursos gratuitos de capacitação para taxistas, setores ligados à alimentação e gastronomia, bem como outras profissões ligadas ao turismo foram oferecidos pelo Sistema S. Jovens ofereceram-se como voluntários e foram cadastrados e capacitados, para fazer o receptivo das delegações, turistas e torcedores.

O esporte tido como preferência nacional tem mudado sua performance, reformando estádios e buscando um melhor desempenho no quesito conforto do torcedor. O país não tem mais estádios de futebol, agora possui Arenas, que a princípio são locais onde poderão ser realizadas partidas de futebol. Esta é a expectativa para a Copa do Mundo 2014 a ser realizada em território brasileiro. Depois da Copa deverão vir novas finalidades, e novas responsabilidades sobre os espaços de arenas. 

O país se prepara para receber visitas, turistas de todo o mundo aproveitarão as partidas de futebol para conhecer, visitar e revisitar o país. Um grande movimento interno também deverá acontecer com migrações internas entre cidades sedes dos jogos. Estruturas e infraestruturas serão colocadas à prova. O uso intenso de corredores rodoviários e aéreos poderão definir novas necessidades de transporte de passageiros como o ferroviário e o marítimo, tal como acontece na Europa. O MERCOSUL poderá perceber novas necessidades econômicas e viárias. 

Uma novela que foi produzida mostrando belezas naturais e reservas minerais, já foi exibida no Brasil e deve estar circulando o mundo pelas TVs e computadores via internet. A novela criou uma cidade fictícia juntando paisagens próximas ao ponto de grande importância na última Grande Guerra (Natal/RN).

Um movimento ocupou os espaços públicos do mundo depois da virada do século. Estudantes brasileiros foram às ruas pedindo melhorias no transporte e na educação, sem um bom transporte não se chega a universidade. Por outro lado, parcerias estaduais e federais formaram frotas de veículos escolares facilitando o acesso escolar. 

Jovens organizam-se pela internet para promover encontros e manifestações mostrando que estão em dia com a tecnologia e a mobilização. Alguns destes encontros estão preocupando administrações shoppings que vêm nestas ações de furtos e arrastões. 

A política está em crise colocando os poderes executivos e legislativos contra a parede para que tomem atitudes em defesa do cidadão, do contribuinte e do eleitor que prometem uma revanche nas urnas. E o efeito facebook tem tido mais efeito que a satisfação de sediar uma Copa do Mundo. O povo começa a entender que pão e circo é o mesmo que cesta básica e futebol.

O maior legado da Copa não deverá ser as facilidades e mobilidades urbanas, promovidas e realizadas em função da Copa 2014. Mas uma nova visão de mundo e de comportamento. Um exercício de cidadania que estrangeiros deverão deixar aos brasileiros quando aqui desembarcarem, exigirem e defenderem os seus direitos garantidos por acordos internacionais. E aqui exibirem seus deveres de cidadania de um mundo mais antigo, mais respeitado, mais civilizado e mais organizado.

  

Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 17/12/2013

Enviado ao O Mossoroense.

 

 

Os maiores legados da Copa (parte 1)



 

Nos últimos anos e mais intensamente nos últimos meses, o país vem passado por transformações e mudanças, antes nunca vistas, em um curto espaço de tempo. O Programa de Aceleração do Crescimento ou PAC, vem acelerando ações e investindo recursos nas mais diferentes áreas.

Verdadeiras faxinas e maquiagens, em ruas, esquinas e avenidas, das grandes cidades vêm transformando e transtornando a vida de seus munícipes, com as obras acontecendo para receber as visitas que avisaram sua chegada de última hora. Governantes, gestores e administradores dizem que brasileiros deixam tudo para a última hora, fatos que acabam se tornando uma verdade e uma justificativa para atrasos, falhas e incoerências.

Agora acompanhamos obras, dos gestores e administradores públicos, feitas como que às pressas para deixar cidades prontas, adequadas e adaptadas para estrangeiros e visitantes. Obras para ingleses verem, que cumprimos prazos e promessas. Obras com falhas no planejamento, no desenvolvimento, nas conferencias e nos atos e agilidades. Atrasos na liberação ou no repasse de verbas, ou burocracias para empréstimos financiadores.

Reformas de adequação e ampliação em aeroportos se tornaram necessárias. Acessibilidade e facilidades de deslocamento em grandes centros, ampliando e investindo no transporte público dos centros urbanos. Ligações entre aeroportos, hotéis e arenas também sofrem com mudanças de transito e adequações.

Um tripé forma uma base com equilíbrio, e a triangulação aeroportos, arenas e hotéis buscam seus equilíbrios em meio ás cidades com crescimentos e estruturas desordenadas. O tripé da Copa procura lugares para se fincar em meio a uma confusão urbana. Não há respeito pelas ruas e calçadas, cada qual busca marcar seu espaço físico para estacionar e para se deslocar, com as desculpas de que vivemos no Brasil, e não se pode respeitar todas as regras e leis.

A comunicologia está impressa nas ruas e nas calçadas, em asfalto e placas, em sinalizações verticais e horizontais. Cruzamentos com semáforos, em vias urbanas há muito tempo já possuem uma área de interseção quadriculada para mostrar que não é permitido parar veículos naquele espaço, independente da preferência de transito, ou sinal livre para trafegar. Vagas para idosos e deficientes são desrespeitadas por aqueles que possuem outras deficiências, de cidadania, de capacidade de interpretação, de idoneidade, e de respeito ao próximo.

Espaços públicos de lazer e esportes estão sendo construídos nas periferias de cidades sedes. Feriados e pontos facultativos estão sendo programados. Alternativas de diminuir o volume de pessoas nos espaços onde circularão esportistas e desportistas, turistas e grupos receptivos.

Cidades sede na Copa 2014 deverão ter experiências e vivencias com outras culturas, outras educações e formações. Exemplos de cidadania e respeito deverão ser deixados pelos povos do primeiro mundo. Visita insatisfeita não volta onde não é bem recebida.

O Direito Internacional deverá ser aplicado pelos cidadãos estrangeiros que aqui desembarcarem vindos de outras terras, onde o conhecimento de cidadania é maior e mais avançado. Este direito internacional deverá ser respeitado, entre países que tenham acordos internacionais, de respeito mútuo aos seus cidadãos estando em outros em solos tal como em seus países de origem.

Estarão presentes no Brasil, países mais antigos historicamente, com populações constituídas de faixa etária mais avançada. Donos do poder político, do poder bélico e do poder econômico do mundo. Os berços das civilizações e do direito.

 

 

Os maiores legados da Copa (parte 2)



 

O Brasil conviveu ultimamente com alguns apagões, motivados por excesso de demanda de energia elétrica, falhas no fornecimento, stress no sistema nacional de energia elétrica. Ofertas e demandas não se equilibraram, os blecautes (black out), deixaram diversas cidades e estados às escuras por várias horas. Falhas no sistema anunciaram problemas a serem solucionados: aumento de oferta, melhora na distribuição e analise de consumo.

O litoral do nordeste brasileiro investe em energia eólica, mas a energia produzida ainda encontra dificuldades em entrar no sistema nacional, por falta de redes de transmissão, falta de investimentos e planejamentos. Enquanto isto torres continuam sendo instaladas cumprindo cronogramas.

A sociedade brasileira como um personagem de Cervantes luta com estes moinhos de vento endeusados, que giram sem ter sua energia produzida aproveitada. Enquanto estrangeiros estão no processo de transferência de tecnologia eólica, participando dos workshops que formam redes cooperativas de tecnologia e pesquisa em energia eólica, integrando setores. Eventos produzidos e promovidos por órgãos governamentais: Sebrae, Fapern e CNPq.

O uso de energias denominadas como limpas e alternativas, não só diminui o impacto ambiental, e a degradação do ambiente, bem como deixam os países que detém a tecnologia da energia atômica, com menos preocupações, evitando o surgimento de um novo concorrente. O uso das energias renováveis produz ao primeiro mundo comodidades e confortos, evitando conflitos políticos, econômicos e bélicos. E quem sabe promovendo confortos turísticos no presente e econômicos no futuro.

As tomadas elétricas para aparelhos elétricos e eletrônicos no território brasileiro foram modificadas atendendo as novas normas ABNT. Todas as obras novas, recentes reformas e modificações, se adequaram para receber os convidados da Copa 2014 e em breve futuro as Olimpíadas. O país está de black-tie, com tomadas brancas e fios pretos. Instalações residenciais e comerciais possuem tomadas novas, justificadas pela maior segurança, para que os convidados possam trazer seus computadores pessoais.

Processos de gestão da qualidade (GQ), onde se está sempre em busca da qualidade e perfeição, e estas estão sempre em outras mãos, aquelas que detêm o conhecimento e a tecnologia. Efetuar um processo de GQ requer enxergar um futuro, determinar de onde se quer partir, e aonde se quer chegar, do start ao finish. E para isto é necessário um leque de informações e conhecimentos.

Espaços de acesso público possuem redes de Wi-Fi e sistema de ar condicionado. Uma climatização para evitar danos pulmonares e danos computacionais, aos aparelhos produzidos em zonas frias e temperadas, e seus proprietários. Precauções para não se incompatibilizem com o clima, adquirindo viroses da zona tropical. No passado os imigrantes sofreram com doenças tropicais, agora prevenidos preparam o ambiente para suas extensões corporais, como seus computadores pessoais.

As arenas (antigos estádios), rodoviárias e aeroportos com espaços climatizados receberão turistas internos e externos. Estações de transferências nas vias urbanas e metrôs são obras de responsabilidade do setor público com climatização e Wi-Fi. Shoppings, lojas e restaurantes, são obras de investimento, interesse e responsabilidade do setor privado com ambiente agradável, iluminação, conexão e climatização. A acessibilidade climática para povos de zonas frias e temperadas, para que não sintam diferenças ou desconfortos na zona tropical.

Torcedores e turistas embarcarão em regiões mais frias, viajarão em aviões e navios climatizados, e querem assistir os jogos em ambientes agradáveis e limpos. A embaixada da FIFA exige, e em cada arena irá reinar as regras da FIFA, tal como uma embaixada, nos campos e nas arquibancadas, em toda a arena.

Ambientes agradáveis com iluminação e climatização estão aliados a grande oferta de imóveis novos, que quando ocupados deverão aumentar, e muito, a demanda de energia. Outras modalidades de energias ainda não estão totalmente interligadas ao sistema nacional de distribuição. A energia hidrelétrica produz inundações de áreas ainda não exploradas e não demarcadas. Uma crise com conflitos já invade áreas indígenas, tribos já perderam suas aldeias por inundação.

A energia atômica em Angra é sempre uma preocupação de usos e desusos. A presença de estrangeiros provocará um processo de tomada de decisão.

 

Os maiores legados da Copa (parte 3)


 

Cursos gratuitos de capacitação para taxistas; aos setores ligados à alimentação e gastronomia, e bem como à outras profissões e atividades relacionadas ao turismo foram oferecidos pelo Sistema ‘S’. Jovens ofereceram-se como voluntários, foram cadastrados e capacitados para fazer o receptivo das delegações, turistas e torcedores.

O Brasil não se prepara simplesmente para a Copa 2014, mas para as Olimpíadas, e mais algum outro grande evento que venha acontecer, como a vinda do Papa, que já esteve no Brasil em 2013 e pode voltar, tendo em vista ter encontrado aqui uma Igreja jovem, com condições de fortalecer o catolicismo. 

O país sempre foi um ponto estratégico: uma escala do caminho marítimo para as índias no ano de 1500; na 2ª Guerra como Trampolim da Vitória; no caminho do hemisfério Norte para a ocupação do território Antártico; e agora no caminho do futuro, para o espaço sideral. Segundo informações no blog da secretaria de comunicação de Natal/RN, a cidade é um dos quatro pontos geográficos mais estratégicos do mundo, pela visão do departamento de guerra americano.

O Brasil prepara-se para receber aqueles que desembarcarão, mas não embarcarão de volta aos seus países, cidades e continentes, fixarão residência aqui, com novas ideias e novos conhecimentos.

Mestres, doutores e causídicos, com seus títulos acadêmicos respaldados por instituições, falam de estatísticas e percentuais esperados na balança comercial como saldos positivos para 2014. Discursam a acessibilidade automobilística como um grande legado da Copa, dando a entender que todos possuem carros e precisam se deslocar com mais facilidade. Esquecendo o direito primitivo que usa a cronologia tecnológica, a cronologia das invenções, dando preferências e prioridades nos deslocamentos. 

Ao cruzar vias e destinos, tipos diferentes de transportes, devem ser criadas regras para uns e para outros, respeitando-se entre si, por suas prioridades, necessidades e velocidades. Valores comerciais e econômicos, valores de cargas e de passageiros, valores simbólicos, valores incalculáveis como a vida de cada um. 

Ruas e corredores, avenidas e calçadas, vias exclusivas e inclusivas, espaços disponíveis para circulação por diferentes trações, queimando açúcar em processos mitocondriais ou combustíveis fósseis em motores à explosão. 

Espaços baseados no desenho universal designam caminhos e vias a pedestres, bicicletas, trens, veículos automotores, e até aviões. O ato de caminhar do homem é o deslocamento primitivo que antecede ao uso do cavalo e da charrete. A tecnologia primeira criou a máquina a vapor que foi largamente utilizada em ferrovias. Depois criou o motor à combustão, ainda utilizado nas rodovias, o carro elétrico ainda não é amplamente utilizado nas vias públicas. 

Alguns patrulhamentos e pequenos deslocamentos com carros elétricos já são feitos em parques, shoppings e aeroportos, circulando em meio a transeuntes, com espaços e velocidades limitadas, respeitando aquele que caminha a pé e tem prioridade dentro daquele espaço. 

Historicamente cada tipo de deslocamento motorizado tem a sua prioridade perante uns e respeito a outros. Um avião tem um valor econômico e comercial muito maior que um automóvel, e para isto aeroportos localizados em grandes centros urbanos possuem viadutos onde transitam aeronaves taxiando, dando passagem aos veículos por baixo da pista. Ferrovias tendem a trafegar sobre viadutos ao cruzar as vias urbanas, principalmente as ferrovias de carga que possuem grandes comboios com velocidade reduzida e enorme quantidade de vagões.

Em vias urbanas devem ser construídas passarelas e passagens subterrâneas para pedestres, e na impossibilidade destas alternativas, deve haver semáforos e faixas para travessias de pedestres, para ser respeitadas pelos veículos, onde o condutor antes de dirigir é um pedestre como todos os outros. E muitas vezes transitam ocupando um veículo em uso individual, diante de dezenas de pedestres atravessando uma avenida. 

Calçadas são disputadas por carros e pedestres. As calçadas ou passeio por lei devem possuir espaço suficiente para pedestres e cadeirantes, e nos seus limites com a via destinada e apropriada a veículos automotores, uma faixa guia, para deficientes visuais. As faixas amarelas com relevos, não simplesmente para deficientes visuais, são de cor amarela e continua, para alertar e lembrar aos motoristas que uma faixa contínua ao longo da via indica que não é permitido estacionar, como também não é permitido estacionar sobre a faixa, permitindo a qualquer pedestre a travessia da pista em qualquer ponto da guia. 

A acessibilidade é um direito de todos e deve ser instituída, praticada e construída antes da mobilidade urbana, projetando e construindo a cidadania, nos espaços públicos.

 Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 05/01/2014  

Texto escrito para:   Jornal de Hoje – Natal/RN    

 

 

Os maiores legados da Copa (parte 4) 


Empresários estão cautelosos com seus investimentos, em função dos futuros acontecimentos, aos rumos da economia e do Brasil depois da Copa do Mundo e das eleições de 2014. Também existe uma grande preocupação de quem está no poder, seu futuro está em jogo. O governo e os governantes estão sendo criticados e julgados. Grupos defendem a retomada do governo e do poder pelos militares. Diante de tantas especulações e previsões só o tempo tem a resposta.

Apenas um fato é certo: é necessário investir em educação, e empresários do ramo estão vislumbrando um aquecimento do mercado educacional, enxergam lucros em seus comércios. Educação se torna um bom negócio, e como tudo termina em pizza, onde a massa é a mesma e só muda a cobertura, as faculdades remexem e misturam professores e disciplinas criando novos cursos, acomodando, cozinhando e assando os alunos no mesmo espaço. Coberturas que encobrem a mesma massa básica feita de farinha e água, modelada e assada em forma de disco. O futuro onde cada um criará a sua profissão está cada vez mais perto. Pizzarias já montam a pizza ao gosto do freguês, que escolhe os ingredientes. 

Faculdades particulares primeiro se reuniram para formar centros universitários e universidades. Grupos universitários apresentam-se mostrando diversas logomarcas procurando uma dar sustentação a outra, embora sejam controladas por um grupo formado pelos mesmos, e até liderado por uma mesma pessoa como acionista majoritário e controlador. Estratégias de marketing maquiando estratégias administrativas. 

Cursos superiores tornaram-se um grande negócio para vender um produto que a sociedade é convencida de não possuir: saber e conhecimento. Com estratégias de exemplos silviossantistas. Como a história épica do menino pobre que sai do sertão torna-se engraxate e transforma-se em um grande empresário à custa de seu esforço e sacrifício. As mesmas estratégias de marketing utilizadas em net work.

Universidades particulares fizeram convênios com instituições internacionais, com franquias e chancelarias. As universidades federais e estaduais fizeram acordos e parcerias com instituições diversas do mundo criando grupos internacionais e multinacionais, como o Grupo Coimbra. Parcerias que se comprometem reconhecer entre si: diplomas e certificados, seus saberes e seus conhecimentos. Promovem cooperação nas áreas da ciência, tecnologia e inovação, fomentando e investigando.

Cada instituição buscando agregar valores a seus nomes e professorados. Buscam um reconhecimento internacional para criar intercâmbios para professores e alunos. Implantam um oligopólio, agregam logomarcas a seu marketing fazendo merchandising em outdoors e busdoor.

Para as escolas, faculdades e universidades vão valer as leis de mercado: lei da oferta e procura, e a lei da concorrência. Instituições de ensino para continuar no mercado da educação terão que fazer o dever de casa, aplicar aquilo que ensina, insiste e cobra do aluno: inovação e criatividade. Sair do modo econômico e imprimir em modo otimizado a sua função, de formar e informar. Evitando assim a necessidade de utilizar uma nova ferramenta de gestão, o termômetro de Kanitz. 

Visões e missões não foram criadas para colocar em um quadro bonito na parede de entrada, para que o cliente veja ao entrar. Visões e missões formam um conjunto, uma busca de resultados, um caminho utópico e sem fim, no caso aqui, uma escola a ser melhorada a cada semestre. A busca do melhor, do inovador, o diferencial. Melhor não apenas no conhecimento oferecido, mas principalmente as condições que este conhecimento pode e deve ser oferecido. 

Um dos grandes legados da Copa vai ser a nova maneira de ver o mundo, uma visão deixada pelos estrangeiros que aportarão em nossas terras. Poderemos ver ombro a ombro, in loco, como eles enxergam o mundo, a sociedade e a cidade. E um consumidor mais exigente surgira, um consumidor cidadão respeitando a si e principalmente ao próximo.  

 Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 18/01/2014  

Texto escrito para:   Jornal de Hoje – Natal/RN  

 

Os maiores legados da Copa (parte 5)  



O conhecedor de línguas e pensador Vilém Flusser, segundo Erick Felinto e Lucia Santaella (Vozes, 2012) foi um explorador de abismos. Nascido em Praga em 1920 viveu no Brasil, casou no Rio de Janeiro e morou em São Paulo, mais tarde voltou a Europa e faleceu na França em 1972. No entendimento de Flusser o futebol é uma instituição importada e financiada pela burguesia com a finalidade de dirigir as energias para canais inofensivos e sustentadores de uma situação.

O esporte tido como preferência, e referência nacional tem mudado sua performance, reformando e transformando estádios; buscando um melhor desempenho e qualidade no quesito conforto dos jogadores e torcedores, imprensa e convidados especiais. O país não tem mais estádios de futebol, vem perdendo sua memória esportiva formada por estádios e campos, ícones do futebol foram demolidos.

O brasileiro alienou-se de sua realidade porque não conseguiu firmar-se em nada, disse Flusser. O Brasil foi descoberto e colonizado por estrangeiros entre invasões e expulsões. Depois vieram novos estrangeiros como imigrantes e mão de obra após a abolição dos escravos. Já tivemos presença marcante de americanos durante os períodos de guerras, não só com ponto estratégico do Trampolim da Vitória, mas com missões da ONU em outros países e treinamentos militares das FFAA (forças armadas).

Agora com Copa do Mundo e com novos portos e aeroportos teremos presença de turistas, torcedores, jogadores e profissionais do futebol. O coaching presença obrigatória nos times e jogos de futebol, já se faz presente como treinador de carreiras e profissionais.

O Brasil possui agora Arenas, que a princípio são locais onde poderão e deverão ser realizadas partidas de futebol. Espaços construídos para abrigar torcedores e jogadores de um primeiro mundo. Seleções de futebol que representam países em uma competição é um critério de escolha dos melhores, a oportunidade de fazer um marketing pessoal e coletivo. Um campo de batalhas sem armas, apenas jogadores como símbolos de ataque e defesa com chutes em uma bola substituindo os tiros de canhão. Volantes em campo lembram os volantes de policiais que adentravam a caatinga e o sertão na época do cangaço.

Com gestões e indigestões, organizadores do campeonato mundial, exigiram qualidade na construção e no acabamento dos espaços desocupados pelos estádios e transformados em arenas. Empresas portadoras de qualidade ISO e NBR foram contratadas para construir arenas, e estas por sua vez, com regras ABNT e RH, exigiu qualidade e capacitação de seus funcionários e fornecedores, com adequação de normas e procedimentos. Por fim a FIFA tomará posse das arenas e administrará impondo regras durante o primeiro tempo, segundo tempo, intervalos e prorrogações. Somente no terceiro tempo os brasileiros retomarão a posse do campo.

Enquanto brasileiros estão em outras dependências da casa, um grupo na cozinha preparando uma gastronomia internacional requintada e outro grupo no quintal jogando uma partidinha de futebol, aguardando novas ordens, um público seleto estará na copa desfrutando de um aparelho público com mobiliário novo e requintado. Um público recebido com honras nas salas de desembarque dos novos portos e aeroportos.

O governo junto com as FFAA já preparou um documento regulamentando a segurança, viveremos estados de sítio e estádios da FIFA. A segurança dentro das arenas e seu entorno estará garantida. Na periferia outras forças podem dominar territórios.

Arenas foram inauguradas oficialmente sem o habite-se e vistoria dos bombeiros. Jogos estão sendo realizados sem a total capacidade e com vistorias parciais dos órgãos competentes, a ART do CREA e a arte dos governantes. Estratégias de avaliação das estruturas e facilidades de acesso e fuga, com jogos e públicos locais.

Depois da Copa deverão vir novas finalidades, e novas responsabilidades sobre os espaços de arenas. Novas disputas nas arenas acontecerão. Esta e a expectativa para a Copa do Mundo 2014 a ser realizada em território brasileiro.

 

Os maiores legados da Copa (parte 6) 



O país se prepara para receber visitas. Turistas de todo o mundo aproveitarão as partidas de futebol para conhecer, visitar e revisitar o país. Um grande movimento interno também deverá acontecer com migrações internas entre cidades sedes dos jogos. Estruturas e infraestruturas serão colocadas à prova. O uso intenso de corredores rodoviários e aéreos poderão definir novos meios e necessidades de transporte de passageiros: como o ferroviário, marítimo e fluvial; talvez o lacustre, tal como acontece na Europa. O MERCOSUL poderá perceber novas necessidades econômicas, monetárias e viárias.

Uma novela foi produzida mostrando belezas naturais e reservas minerais. Já foi exibida no Brasil e deve estar circulando o mundo, pelas TVs, e em computadores via internet. A novela criou uma cidade fictícia juntando paisagens e personagens, criou cenas e situações, em regiões próximas ao ponto de grande importância na última Grande Guerra. Um ponto que continua sendo estratégico, com reservas minerais, próximo à linha equatorial, o limite dos hemisférios.

Um movimento popular ocupou os espaços públicos do mundo, no hemisfério Norte o Movimento Occupy, depois da última virada de século. Hoje a população brasileira ocupa as ruas exigindo aquilo que acha serem seus direitos. Estudantes brasileiros foram às ruas pedindo melhorias no transporte e na educação, sem um bom transporte não se chega ao conhecimento. Estudar requer estratégias de investimento e deslocamento, o homem é nômade por natureza.

Por outro lado parcerias municipais, estaduais e federais formaram frotas de veículos escolares, com um estilo americanizado, facilitando o acesso, o caminho da escola. Incentivos educacionais e temporais facilitam o acesso ás universidades. O país tem pressa em colocar seus alunos na escola, é preciso impressionar as visitas.

Jovens organizam-se pela internet para promover encontros e manifestações mostrando que estão em dia com a tecnologia, opinião e mobilização. Alguns destes encontros estão preocupando administrações de shoppings que vêm nestas ações de furtos, vandalismo, arrastões e confusões. Situações de pânico que testam e treinam seguranças e vigilâncias para a Copa, em espaços públicos e privados.

A política está em crise colocando os poderes executivos e legislativos contra a parede para que tomem atitudes em defesa do cidadão, do contribuinte e do eleitor que prometem uma revanche nas urnas. E o efeito Facebook tem tido mais efeito que a satisfação de sediar uma Copa do Mundo. O povo começa a entender que “pão e circo” é uma expressão temporal e tem um mesmo sentido que cesta básica e futebol.

Universidades oferecem cursos cada vez mais especializados, com mestrados e doutorados, justificando a necessidade do conhecimento e velocidade das mudanças do mundo com informação. Argumentam que existe uma rápida evolução da ciência e da tecnologia, a complexidade da sociedade moderna.

Uma contradição de velocidades, dois pesos e duas medidas, se os recursos humanos não se capacitam diante uma sociedade complexa e exigente, os recursos humanos formadores e transmissores de conhecimento que são sistemáticos e progressivos não permitem montar grades curriculares e um corpo docente para criação de novos cursos a novos discentes.

Bauman, sociólogo contemporâneo, já afirmou que vivemos uma sociedade líquida, mundos líquidos onde tudo e todos se misturam com facilidade. Se a sociedade é liquida, a denominada academia se enxerga sobre a sociedade como o óleo sobre a água, não se misturam. È necessário ser mais viscoso para agregar partículas e conhecimentos, sair da densidade um, vivemos a Era do conhecimento. Zygmunt Bauman critica a academia e defende a literatura como forma de conhecimento.

O maior legado da Copa não deverá ser as facilidades e mobilidades urbanas, promovidas e realizadas em função da Copa 2014. Mas uma nova visão de mundo e de comportamento, que já vem mudando. O mundo acabou em 2012, vivemos agora outro mundo.

 

Texto disponível em:


 

 

Em 03/10/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
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