Lula
a caminho da produção cientifica – o pós doc 3
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Lula
a caminho da produção cientifica – o TCC, a monografia e a tese. E por fim os
trabalhos de pós doc. A produção da própria literatura; sem obedecer tantas
regras, ditadas pela academia. Escapando do estilo literário cientifico.
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Mas quis a sociedade entender
e impor, que o saber e o conhecimento são adquiridos com alunos sentados, e um
professor com a palavra franqueada. O domínio pela posição do professor que
pode circular pela sala, enquanto os alunos (a-lunes, seres sem luz), precisam
ficar sentados e olhando para frente, todos olhando para a lousa e o professor,
a luz no final do túnel. O professor que dispõe de uma mesa, onde pode observar
toda a sala, a partir de um ponto estratégico. E ao final do curso o aluno
recebe um papel, com o aval de um professor, garantido e registrando por
escrito o seu conhecimento, por um documento, um certificado ou um diploma,
tornando-se mais valoroso pela empresa, a escola, que o proporciona.
Pelo olhar das leis do direito,
o acusado não tem obrigação de gerar provas contra si. E o aluno (a-lunes), na
condição de um réu que não domina um determinado conhecimento, periodicamente
deve gerar uma prova escrita, de próprio punho, descritiva ou simplesmente assinada,
expondo os seus saberes e o seu conhecimento, para que um professor em uma condição
privilegiada, uma posição de domínio, possa afirmar o que o aluno sabe, e o que
o aluno não sabe, baseado em seus critérios e pontos de vistas. Por avaliações orais
ou escritas, individuais ou em grupo, em classe ou extraclasse, na escola ou na
rua, no papel ou no computador. In vitro.
Com técnicas controladoras e assistidas.
Mas o principal papel entre os
papeis recebidos em uma escola, é o primeiro, afirmando que o aluno é
alfabetizado, sabendo ler e escrever. Com a ferramenta de entender o código de
letras, poderá buscar outros e novos conhecimentos. A alfabetização como a chave
dos livros. E a escola ou colégio, utiliza outras estratégias para manter o
aluno sentado, de olhos vidrados em outros professores. O aluno assume um não
conhecimento, autorizando a ser avaliado em testes e provas. A dominação
reconhecida e autorizada.
E o professor retirando
argumentos, teorias e conceitos de livros, artigos e outros documentos. Com recortes da história, cozendo e construindo
uma trama, uma colcha de retalhos, para contar uma história. Das provas e
testes fizeram a sua palmatória, atribuindo conceitos e notas. A dominação
sobre o outro com um conhecimento adquirido. E quem não tem um conhecimento,
precisa acreditar no que diz aquele que o adquiriu, ainda que com seus próprios
pontos de vistas. O aluno como um réu diante do professor juiz, cria provas do
seu conhecimento, avaliado com notas de zero a dez. Tendo a classe como
testemunha, e o conselho de classe como corpo de jurados.
O professor agora saiu da
sala, agora está do outro lado da janela (Windows), e é possível fazer uma
faculdade a distância na modalidade EaD. O aluno perdeu o único contato que
tinha com o professor, e a permissão de falar, levantando o dedo. A estrutura
educacional livrou-se do aluno, que faz perguntas, questiona modelos e traz
problemas. Gasta agua e luz, ocupa as instalações que precisam de reparos e
manutenção. Ao manter um aluno a distância é possível diminuir custos e
aumentar os lucros. E o ex-aluno bem-sucedido servira para sempre como louros
de vitória da instituição de educação, como formadora do aluno. Mas Bourdieu
(1930-2002) já nos informou e afirmou que depois de cinco anos de formado, não
importa mais a instituição educacional onde obteve um diploma, é o profissional
quem está ali, construindo a si próprio.
Só muda de ano, só passa de
ano, ou de série aquele que obedeceu ao pensamento do professor. O professor
que foi formado no mesmo caminho, com a mesma cartilha. E o aluno precisa cumprir
a via sacra, presencial, semipresencial ou a distância, de primeiro, segundo e
terceiro grau, para então entrar na seara da pós-graduação, destacar-se entre
os graduados, com especialização, mestrado e doutorado. E enfim o
pós-doutorado, a soltura dos grilhões educacionais, as algemas da avaliação.
Enfim a liberdade de fazer
suas escolhas. Depois do TCC, da monografia, da dissertação e da tese, a
chegada ao pós-doutorado. A chegada no plano astral sem mestres ou professores,
sem orientador ou co-orientador. Talvez um tutor, indicando os passos de uma
seara desconhecida, a dominação é eterna, é necessário pelo menos uma
testemunha, um acompanhante como tutor, um orientador dos passos desconhecidos
em outra cidade ou universidade, e até outro estado ou pais. E sem banca
avaliadora para dizer o que está certo ou errado, o que pode e o que não pode,
mais as possíveis e impossíveis sugestões de literatura, o denominado
levantamento bibliográfico. E sugestões para que o trabalho seja publicado. Um
trabalho que pode render alguns artigos. Daí uma nova guerra, com as batalhas
contra os grupos detentores de um poder em uma revista cientifica, os
denominados consultores ad hocs, os
que mandam na revista, separando e escolhendo, o que pode ou não pode ser
publicado.
A liberdade de usar a própria
bussola, escolhendo seus próprios norteamentos, ou suleamentos como disse Paulo
Freire, afirmado que nortear é olhar para o Norte, onde se encontra os EUA. A
liberdade de criar a própria modalidade de analise ou de pesquisa, a formação e
formatação do trabalho. Só será preciso usar as regras de ABNT ou as normas de
Vancouver, para publicações em revistas, para o entendimento daqueles que só conhecem
e só admitem estas regras, usadas na modalidade literária denominada de
cientifica. Não conhecem a licença poética. Só admitem a validade da poética,
ao estudar um poeta popular e sua produção, e vão procurar regras e teorias
para justificar, o que está na boca do povo.
Tal como fizeram com o cordel, uma manifestação popular. Estabeleceram
regras de formatação para dizer o que é e o que não é cordel. A apropriação da
academia, da propriedade criativa e intelectual do povo.
No pós-doc, a oportunidade de
escolher uma teoria do conhecimento, do idealismo platônico ao realismo de
Aristóteles; do olhar cartesiano ao empirismo anglicano; dos ideais de Kant ao
pragmatismo, chegando a fenomenologia. Do conhecimento teórico ao conhecimento
empírico, criando a própria epistemologia, com critérios, limites e alcances.
Criar e formular teorias, defender pontos de vistas.
Esquecendo os ismos, perceber
que prosa ou poesia, e até cordel também contém conhecimento. Transmitem ideias
e pensamentos. Assim como os gestos que não seguem normas de comportamento. O
passa a passo para não perderem o compasso ao seguir seus passos. A trilha de
sementes deixada no caminho, para o que venham atrás não busquem atalhos, e se
percam no caminho.
Até mesmo nas ruas existem informações
e conhecimentos com outros tipos de linguagem (Komunicologie), em placas metálicas
ou de acrílico, ou com tintas no piso e no asfalto. Lâmpadas acesas ou apagadas
com cores diferenciadas, estáticas ou em movimento.
Entre
Natal e Parnamirim, 15/04/16
por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Branded Content (produtor de conteúdo)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
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594 - Lula a caminho da produção cientifica – o TCC http://www.publikador.com/politica/roberto-cardoso-(maracaja)/lula-a-caminho-da-producao-cientifica-o-tcc
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595 - Lula a caminho da produção cientifica – a Monografia
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596- Lula a caminho da produção cientifica – a Dissertação
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597- Lula a caminho da produção cientifica – a Tese
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605 - Lula a caminho da produção cientifica – pós-doc 1
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607 - Lula a caminho da produção cientifica – pós-doc 2
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