Copa
2014 – A guerra que não aconteceu
Cidades sedes da Copa 2014 foram
demolidas e destruídas. Ícones arquitetônicos que representavam cidades pelo
Brasil e pelo mundo foram alvos de destruições e demolições. Exércitos de
turistas estrangeiros desembarcaram, invadiram as cidades e ocuparam suas
praias. Ocuparam cidades em vários alojamentos e acampamentos, tantos os que são
formados pelos tradicionais hotéis e motéis, como ocuparam também as pousadas
não tradicionais. De hotel e motel surgem os modelos de hostél e albergues. Casas
foram transformadas em instalações para receber um exercito de turistas.
Subiram morros onde havia
acomodações, em busca de um ponto estratégico para ocupar e observar melhor a
cidade. Com veículos abertos, verdes ou camuflados, no estilo jeep militar,
subiram favelas no Rio de Janeiro, procurando novos pontos de observações. Investigaram
os ocupantes das denominadas favelas e comunidades, investigaram seus hábitos e
seus costumes. Praticaram as ações das Entradas e Bandeiras na tentativa de
expandir suas mentes e seus territórios, ao entender e compreender um espaço.
Criaram novos pontos de vista, descobriram pedras com vistas preciosas.
Guias brasileiros, lembrando
antigas atitudes indígenas, seguiam nas incursões como interpretes, como tradutores
e conhecedores das áreas a serem investigadas. A polícia urbana no Rio de
Janeiro, já vinha ocupando posições, promovendo pacificações, que garantiriam a
entrada dos novos exércitos turísticos e estrangeiros que chegariam. Tal como
grupos de fuzileiros que desembarcam primeiro. Ocupam um espaço garantindo e
permitindo a chegada de novas tropas.
Aeroportos foram adaptados e
climatizados para receber as tropas acostumadas com outros climas. Criou-se nos
aeroportos um ambiente de transição e adaptação climática. Uma adaptação ao ambiente
de guerra antes de se encaminhar ao front, em um novo campo de batalha. Grandes
aviões chegaram estampados com cores e desenhos de seus países e suas equipes. Ônibus
climatizados e também estampados com cores próprias transportaram as tropas dos
aeroportos para outros ambientes climatizados. Uma operação de guerra foi
montada.
Barreiras sanitárias foram
criadas, para evitar contaminações de um inimigo invisível. Orientações foram
distribuídas nos aeroportos para as tropas que desembarcaram. Cuidados com
alimentos nativos, crus ou mal cozidos; cuidados com doenças tropicais;
cuidados com mordeduras e arranhaduras de animais domésticos ou silvestres;
cuidados com animais peçonhentos, com informações das primeiras atitudes a
serem tomadas em caso de ferimentos. Indicações dos primeiros procedimentos, e
para depois logo procurar postos de atendimento.
Aos que desembarcavam foram
distribuídos, mapas, cartas e plantas das cidades e dos pontos a serem ocupados.
Pontos turísticos e pontos importantes eram destacados nos mapas coloridos e
ilustrados. Programas e aplicativos para celulares facilitam os deslocamentos e
as ocupações. Os novos rádios com GPS.
Não houve necessidades de
distribuir pedaços de espelhos como fizeram os portugueses na época do
descobrimento. Uma grande maioria já possuía aparelhos de mão onde já podiam se
ver e se comunicar em um espaço virtual. Também já conheciam alguns petiscos
que acompanhavam refrigerantes e guloseimas, conhecidos desde a presença
americana na Segunda Guerra.
Natal/RN abriu uma nova
pista de pouso mais afastada do litoral, longe do alcance visual de navios. Evitando
assim um ataque marítimo por uma força não aliada. Uma pista com maior
capacidade de receber maiores aviões, de cargas ou passageiros, nacionais ou
estrangeiros. Uma pista com um grande espaço em torno da área aeroportuária,
que poderá ser mais bem aproveitado mais tarde, como um novo aeroporto dentro
de novos padrões mundiais. Tal como um dia acontecera, quando instalações
militares em Natal/RN, se tornaram instalações civis, com fins comerciais.
Nos campos onde aconteceram
as batalhas, os exércitos de turistas tiveram que se adaptar e suportar ao calor
do clima local. Cantinas e lanchonetes foram construídas nos campos, oferecendo
lanches e refrigerantes em padrões conhecidos e reconhecidos pelos
estrangeiros. Campos agora denominados como arenas, lembrando antigas batalhas,
onde aconteciam lutas e disputas.
Lanches em lanchonetes e
cantinas, nas arenas, para que os exércitos pudessem se alimentar entre uma
batalha e outra. Uma onda de gestão da qualidade com praticas de manipulação e
conservação de alimentos também invadiu o pais para garantir que as tropas não
sofressem uma intoxicação alimentar, com as praticas locais não aprovadas ou
não regulamentadas. Contaminações por praticas não higienizadas, e condenadas
por uma ciência da cozinha mundial, com uma gastronomia aprimorada. Temperaturas
recordes aconteceram e marcaram o campeonato mundial. Com um clima de guerra, termômetros
atingiram temperaturas nunca registradas, que podiam deteriorar alimentos, de
origem vegetal ou animal.
Os gastos públicos do país
foram enormes nos palcos e teatros de guerras. Atrativos culturais e musicais,
no estilo aberto (for all), foram realizados em Natal/RN, em locais mais
afastados de onde aconteciam as batalhas. Uma tentativa de manter a população
local longe dos cenários de disputas, um local onde já era difícil coordenar e
patrulhar, manter suas posições e ocupações.
Comitivas brasileiras
formadas por forças especiais e forças militares nacionais acompanharam as
tropas de elite, desde o desembarque de aviões até os campos onde aconteciam as
batalhas. Táticas e estratégias em uma triangulação entre aeroportos,
acomodações e arenas. Evitando assim acontecer outros ataques, de surpresa ou inesperados
durante os percursos e trajetos. E assim evitando novos conflitos
internacionais. Todo percurso ou trajeto primeiro era mapeado e inspecionado,
antes de as tropas de elite passar. Centrais de observação foram montadas e
monitoradas, com câmeras e grupos diferentes de policiamento, criando uma
central de controle e monitoração com tropas civis e militares.
Aviões e radares patrulhavam
incessantemente os céus, criando um espaço aéreo privativo para as tropas que
chegavam ou retornavam. Espaços que garantissem aos aviões em voos
internacionais, e até nacionais, amplos espaços. Áreas para manobras aéreas de
pousos e decolagens, evitando ataques e colisões.
A Alemanha afundou uma
esquadra em campo, repetindo a história dos afundamentos de navios na costa
brasileira na Segunda Guerra. E a Alemanha unificada sai como campeã. No Rio de
Janeiro uma importante artéria do transito foi derrubada, fazendo com que partes
de sua estrutura demolida desaparecessem, sem deixar vestígios.
Agora as cidades no pós-Copa
começam a se reconstruir. Começam a funcionar com um pouco mais de tranquilidade.
Novos investimentos acontecem para reconstruir as cidades destruídas. Novos modelos
devem ser implantados. Quebraram-se os ovos, e agora é possível fazer uma
omelete. Demoliram e destruíram o que era velho e imprestável, para criar
espaços e novas construções.
Soldados que vieram não
voltaram. Aqui deitaram seus corpos e optaram por ficar. Soldados que
retornaram as suas origens vão em breve voltar. Turistas podem contar o que
viram e influenciar a vinda de novos imigrantes, para participarem de um país
em reconstrução. Uma grande oferta de imóveis foi criada, e precisa ser
ocupada.
Novos modelos urbanos são planejados
e criados. Um novo mobiliário urbano vem sendo implantado, com comodidade e
acessibilidade. Pontes foram construídas, com um novo modelo de engenharia, as
chamadas pontes estaiadas. Novos modelos de transporte públicos são criados e
vem sendo implantados. Atendendo uma nova demanda de publico e dos novos passageiros.
Atendendo exigências de novos passageiros, com hábitos e costumes diferentes. Modelos
de transportes com ambientes confortáveis e confiáveis, Modelos e veículos de
VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), são importados. Modelos de BRTs (Bus Rapid
Transit), um transporte rápido por ônibus, vem sendo implantados nas cidades.
Amplos espaços abertos podem agora abrigar grandes praças, parques e avenidas
como: Plaza Mayor, Central Park e Champs-Élysées.
Uma nova gastronomia vai
tomando conta das ruas. A partir de uma gastronomia já existente, vai
adaptando-se a novas regras em novos veículos, com novos visuais e novos
ambientes. Com novos critérios e novas regras de conservação e manipulação de
alimentos. Talvez impere uma nova dominação de gastronômica fast pelas ruas.
Substituindo uma antiga gastronomia em locais fechados como fast food.
Por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Natal/RN em 11/01/15
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