terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O conhecimento que circula pelas ruas (parte 1)



O conhecimento que circula pelas ruas (parte 1)

As pessoas, as ideias e as cidades um dia nascem. Ideias e cidades nascem ou renascem com novas visões e novas interpretações, com novas e outras pessoas, participando, reinventando e inovando. Um conhecimento vem surgindo pelas ruas, não tão recente, mas envolvente. Sendo necessário que se reconheça, o interprete, e se reinterprete. E o respeite, para um novo renascimento, de uma nova sociedade. Este conhecimento estabelece critérios de espaços e regras, para que a sociedade avance nos novos conceitos de informação e conhecimento. Informações e comunicações, que circulam pelas ruas, e até na palma da mão. Uma nova sociedade com um respeito entre os grupos participantes, entre maiorias e minorias.

O Brasil é o resultado de ocupações e invasões; migrações e imigrações; nascendo e renascendo com as influencias deixadas e absorvidas por outros povos, de outras cidades e de outras nações. Vive e revive com influencias vindas de outras terras, associadas ao povo e a cultura local, uma sociedade que esta sempre em mutação.   

As chamadas pinturas rupestres tinham como objetivo um conhecimento ou uma informação, a ser transmitida. Informações e conhecimentos, que poderiam servir aos que estavam ali presentes enquanto eram grafadas as imagens sobre a rocha (matriz arqueológica); poderiam servir a um grupo reunido depois de formada a grafia, diante um facilitador e comunicador. Como também poderiam ser destinadas aos próximos elementos de um grupo que ali um dia viessem a passar. Andarilhos, exploradores, caçadores ou simples coletores de frutos silvestres. Pessoas de um mesmo grupo que pudessem entender seus significados ali estampados. A presença de quadros de avisos é comum em empresas, quartéis e escolas, normalmente localizados em corredores e locais de grande fluxo de pessoas, para informar aqueles que por ali passem, tal como a matriz arqueológica, modernizada e atualizada. 

A sala de aula como uma caverna que abriga um conhecimento. Até os dias de hoje, professores escrevem em paredes para que o grupo presente em sala de aula compreenda os significados dos aprendizados transmitidos, por textos e símbolos colocados pelos professores sobre a lousa. Ao longo de uma história didática os professores já escreveram nas paredes com giz e com canetas hidrográficas, a matriz arqueológica atualizada, de acordo com um tempo e um momento. A fogueira que iluminava as cavernas foi substituída por lâmpadas, que alem de iluminar melhor o ambiente, simbolizam as ideias.

Hoje com uma tecnologia, professores e palestrantes, podem projetar as imagens desenhadas, planejadas e desejadas sobre uma tela ou uma parede. Professores e conferencistas ainda podem disponibilizar a gravação de suas informações em pen-drives, ou para enviar por e-mail. Para que outros grupos em outros lugares também compreendam, interpretem e entendam as ideias e os significados apresentados. 

E a matriz arqueológica atualiza-se novamente, e pode ser observada em outros ambientes, com outros planos, como uma tela de computador. A mídia ou o meio de transferência de informações ganhou mobilidade. Saiu de um elemento estático, desde o uso do papel, transportável entre um local e outro. A tecnologia avança, mas não esquece seus elementos e modelos anteriores. Com o papel e sem projetores, já foi usado o flip-chart, em aulas e palestras.

Assim como povos antes dos limites reconhecidos como o período histórico deixaram marcas e escritas em cavernas e paredes de pedras, para outros caminhantes, a sociedade vai deixando informações em ruas e calçadas (outra nova matriz), para outros que ali vão passando. Enquanto no passado a mídia poderia ser uma rocha, formando uma parede ou um piso, hoje a mídia tem o cimento e o asfalto, que vão deixando marcas, com informações pelo caminho. A evolução e a tecnologia de hoje, permitem informações verticais e horizontais, independente do espaço.

Sobre o asfalto ou sobre o concreto das calçadas (horizontais) há informações que deixam e transmitem uma informação ou um conhecimento. Em postes e estacas com placas (verticais), outras informações e outros conhecimentos. Informações e conhecimentos que são validos para este momento. Informações codificadas com uma maior amplitude de entendimento e reconhecimento. Muitos grupos já conhecem e reconhecem as informações escritas e inscritas pelas ruas. Uma linguagem com um reconhecimento internacional. 

Não são informações de um grupo ou de outro grupo andarilho, que estão estampadas pelas ruas. Mas informações geradas por uma sociedade, com um respaldo do poder publico, que grafa as informações. Símbolos e siglas de informações que preservam o espaço de pequenos grupos, ou grupos distintos. Criando respeito entre diferentes grupos, como estratégias de deslocamentos e convivência.

Outros grupos podem deixar suas grafias em muros e paredes de modo irracional ou ilegal. Tentam se destacar diante uma sociedade que não os respeitam ou não os reconhecem. Seus desenhos são a sua voz. Com seus grafites podem alterar a visibilidade de símbolos gráficos reconhecidos pela sociedade.

A sociedade atual já não vive em cavernas e não transita por trilhas e atalhos. Mas vive em casas e apartamentos e transita por ruas e calçadas. Mudaram os conceitos e os modelos de habitação e locomoção. Mudaram hábitos e sistemas de proteção. Mudaram-se armas e equipamentos para as atuais locomoções. E uma linguagem com símbolos (komunikologia), vai sendo inserida nas ruas e avenidas, passeios públicos e calçadas. Informações para que os próximos transeuntes possam saber quais espaços são reservados a outros, e os quais a ele é destinado. O que é possível fazer e o que não é possível fazer, sem incomodar ou atrapalhar o caminho do próximo.

Símbolos que disseminam uma informação e um conhecimento. Símbolos determinam e classificam um poder de acessibilidade, respeitando aquele com limitações de mobilidade. Alem das limitações de mobilidade de um portador de limitação de locomoção, um pedestre também tem uma limitação de mobilidade diante um veículo automotor. São diversos grupos e diversas são as necessidades, coletivas ou individuais.




Entre Natal/RN e Parnamirim/RN em 21/01/2015




segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

komunikologia



Artigos sobre o tema de komunikologia

Komunikologia
(Komunikologie)

Textos relacionados a komunikologia. Um conhecimento transmitido através de códigos, siglas, imagens e símbolos.

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·        Informações acima das nuvens. Trip 01

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·        IR 001 now arrival

·        Komunikologia dos alimentos.

·        Enfermagem e komunicologia.

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·        Kommunikologie II



Artigos de komunikologia




















Mais sítios com Artigos de Komunikologia















domingo, 11 de janeiro de 2015

Copa 2014 – A guerra que não aconteceu



Copa 2014 – A guerra que não aconteceu



Cidades sedes da Copa 2014 foram demolidas e destruídas. Ícones arquitetônicos que representavam cidades pelo Brasil e pelo mundo foram alvos de destruições e demolições. Exércitos de turistas estrangeiros desembarcaram, invadiram as cidades e ocuparam suas praias. Ocuparam cidades em vários alojamentos e acampamentos, tantos os que são formados pelos tradicionais hotéis e motéis, como ocuparam também as pousadas não tradicionais. De hotel e motel surgem os modelos de hostél e albergues. Casas foram transformadas em instalações para receber um exercito de turistas. 

Subiram morros onde havia acomodações, em busca de um ponto estratégico para ocupar e observar melhor a cidade. Com veículos abertos, verdes ou camuflados, no estilo jeep militar, subiram favelas no Rio de Janeiro, procurando novos pontos de observações. Investigaram os ocupantes das denominadas favelas e comunidades, investigaram seus hábitos e seus costumes. Praticaram as ações das Entradas e Bandeiras na tentativa de expandir suas mentes e seus territórios, ao entender e compreender um espaço. Criaram novos pontos de vista, descobriram pedras com vistas preciosas.

Guias brasileiros, lembrando antigas atitudes indígenas, seguiam nas incursões como interpretes, como tradutores e conhecedores das áreas a serem investigadas. A polícia urbana no Rio de Janeiro, já vinha ocupando posições, promovendo pacificações, que garantiriam a entrada dos novos exércitos turísticos e estrangeiros que chegariam. Tal como grupos de fuzileiros que desembarcam primeiro. Ocupam um espaço garantindo e permitindo a chegada de novas tropas.

Aeroportos foram adaptados e climatizados para receber as tropas acostumadas com outros climas. Criou-se nos aeroportos um ambiente de transição e adaptação climática. Uma adaptação ao ambiente de guerra antes de se encaminhar ao front, em um novo campo de batalha. Grandes aviões chegaram estampados com cores e desenhos de seus países e suas equipes. Ônibus climatizados e também estampados com cores próprias transportaram as tropas dos aeroportos para outros ambientes climatizados. Uma operação de guerra foi montada.

Barreiras sanitárias foram criadas, para evitar contaminações de um inimigo invisível. Orientações foram distribuídas nos aeroportos para as tropas que desembarcaram. Cuidados com alimentos nativos, crus ou mal cozidos; cuidados com doenças tropicais; cuidados com mordeduras e arranhaduras de animais domésticos ou silvestres; cuidados com animais peçonhentos, com informações das primeiras atitudes a serem tomadas em caso de ferimentos. Indicações dos primeiros procedimentos, e para depois logo procurar postos de atendimento.

Aos que desembarcavam foram distribuídos, mapas, cartas e plantas das cidades e dos pontos a serem ocupados. Pontos turísticos e pontos importantes eram destacados nos mapas coloridos e ilustrados. Programas e aplicativos para celulares facilitam os deslocamentos e as ocupações. Os novos rádios com GPS.

Não houve necessidades de distribuir pedaços de espelhos como fizeram os portugueses na época do descobrimento. Uma grande maioria já possuía aparelhos de mão onde já podiam se ver e se comunicar em um espaço virtual. Também já conheciam alguns petiscos que acompanhavam refrigerantes e guloseimas, conhecidos desde a presença americana na Segunda Guerra.

Natal/RN abriu uma nova pista de pouso mais afastada do litoral, longe do alcance visual de navios. Evitando assim um ataque marítimo por uma força não aliada. Uma pista com maior capacidade de receber maiores aviões, de cargas ou passageiros, nacionais ou estrangeiros. Uma pista com um grande espaço em torno da área aeroportuária, que poderá ser mais bem aproveitado mais tarde, como um novo aeroporto dentro de novos padrões mundiais. Tal como um dia acontecera, quando instalações militares em Natal/RN, se tornaram instalações civis, com fins comerciais.

Nos campos onde aconteceram as batalhas, os exércitos de turistas tiveram que se adaptar e suportar ao calor do clima local. Cantinas e lanchonetes foram construídas nos campos, oferecendo lanches e refrigerantes em padrões conhecidos e reconhecidos pelos estrangeiros. Campos agora denominados como arenas, lembrando antigas batalhas, onde aconteciam lutas e disputas. 

Lanches em lanchonetes e cantinas, nas arenas, para que os exércitos pudessem se alimentar entre uma batalha e outra. Uma onda de gestão da qualidade com praticas de manipulação e conservação de alimentos também invadiu o pais para garantir que as tropas não sofressem uma intoxicação alimentar, com as praticas locais não aprovadas ou não regulamentadas. Contaminações por praticas não higienizadas, e condenadas por uma ciência da cozinha mundial, com uma gastronomia aprimorada. Temperaturas recordes aconteceram e marcaram o campeonato mundial. Com um clima de guerra, termômetros atingiram temperaturas nunca registradas, que podiam deteriorar alimentos, de origem vegetal ou animal. 

Os gastos públicos do país foram enormes nos palcos e teatros de guerras. Atrativos culturais e musicais, no estilo aberto (for all), foram realizados em Natal/RN, em locais mais afastados de onde aconteciam as batalhas. Uma tentativa de manter a população local longe dos cenários de disputas, um local onde já era difícil coordenar e patrulhar, manter suas posições e ocupações. 

Comitivas brasileiras formadas por forças especiais e forças militares nacionais acompanharam as tropas de elite, desde o desembarque de aviões até os campos onde aconteciam as batalhas. Táticas e estratégias em uma triangulação entre aeroportos, acomodações e arenas. Evitando assim acontecer outros ataques, de surpresa ou inesperados durante os percursos e trajetos. E assim evitando novos conflitos internacionais. Todo percurso ou trajeto primeiro era mapeado e inspecionado, antes de as tropas de elite passar. Centrais de observação foram montadas e monitoradas, com câmeras e grupos diferentes de policiamento, criando uma central de controle e monitoração com tropas civis e militares. 

Aviões e radares patrulhavam incessantemente os céus, criando um espaço aéreo privativo para as tropas que chegavam ou retornavam. Espaços que garantissem aos aviões em voos internacionais, e até nacionais, amplos espaços. Áreas para manobras aéreas de pousos e decolagens, evitando ataques e colisões.

A Alemanha afundou uma esquadra em campo, repetindo a história dos afundamentos de navios na costa brasileira na Segunda Guerra. E a Alemanha unificada sai como campeã. No Rio de Janeiro uma importante artéria do transito foi derrubada, fazendo com que partes de sua estrutura demolida desaparecessem, sem deixar vestígios. 

Agora as cidades no pós-Copa começam a se reconstruir. Começam a funcionar com um pouco mais de tranquilidade. Novos investimentos acontecem para reconstruir as cidades destruídas. Novos modelos devem ser implantados. Quebraram-se os ovos, e agora é possível fazer uma omelete. Demoliram e destruíram o que era velho e imprestável, para criar espaços e novas construções.

Soldados que vieram não voltaram. Aqui deitaram seus corpos e optaram por ficar. Soldados que retornaram as suas origens vão em breve voltar. Turistas podem contar o que viram e influenciar a vinda de novos imigrantes, para participarem de um país em reconstrução. Uma grande oferta de imóveis foi criada, e precisa ser ocupada.

Novos modelos urbanos são planejados e criados. Um novo mobiliário urbano vem sendo implantado, com comodidade e acessibilidade. Pontes foram construídas, com um novo modelo de engenharia, as chamadas pontes estaiadas. Novos modelos de transporte públicos são criados e vem sendo implantados. Atendendo uma nova demanda de publico e dos novos passageiros. Atendendo exigências de novos passageiros, com hábitos e costumes diferentes. Modelos de transportes com ambientes confortáveis e confiáveis, Modelos e veículos de VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), são importados. Modelos de BRTs (Bus Rapid Transit), um transporte rápido por ônibus, vem sendo implantados nas cidades. Amplos espaços abertos podem agora abrigar grandes praças, parques e avenidas como: Plaza Mayor, Central Park e Champs-Élysées.

Uma nova gastronomia vai tomando conta das ruas. A partir de uma gastronomia já existente, vai adaptando-se a novas regras em novos veículos, com novos visuais e novos ambientes. Com novos critérios e novas regras de conservação e manipulação de alimentos. Talvez impere uma nova dominação de gastronômica fast pelas ruas. Substituindo uma antiga gastronomia em locais fechados como fast food.

Por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Natal/RN em 11/01/15

Copa 2014 – A guerra que não aconteceu

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