O
que não tem remédio, remediado está. (2)
Os quatro elementos: água,
terra, fogo e ar. Podem se combinar entre si ou destruírem-se entre si, tudo
depende de um ponto de vista: de um lugar, de uma situação e de um momento.
Terra com fogo e água inspirados pelo vento. Fogo morro acima, e água morro
abaixo, são situações difíceis de conter e controlar. O fogo sobe rapidamente
ardendo tudo que encontra pela frente, por vezes soprado pelo vento. A água
desce, pela ação da gravidade provocando erosão, ao escoar abrindo caminhos
para sua passagem. E com o vento desespera a todos, carregando bens e pertences.
Um ciclo natural: as águas
evaporadas se precipitam, correm pelos divisores de água, se encaminham para os
rios, e os rios desembocam no mar. E ensinou Luiz Gonzaga, “O riacho do Navio;
corre para o Pajeú; o rio Pajeú vai despejar no São Francisco; e o rio São
Francisco vai bater no meio do mar”. Fechando assim o ciclo natural da água:
evaporação, condensação e precipitação. Mãe Luiza alertando os navios e mais o
riacho do Navio, por muito tempo, ficaram sem rádio e sem notícias das terras
civilizadas.
Um ciclo natural existe, e
sabia-se sobre o período de chuvas na região. Em Mãe Luiza o homem não se
precipitou em criar segurança, e a água precipitou do céu, e assim criando
precipícios no morro. Mas a natureza é sabia, destrói criando e dando condição
de um recomeço. Destrói sob o ponto de vista de quem perdeu, constrói sob o
ponto de vista da evolução, das coisas e das necessidades do mundo, do momento.
As intempéries e os desígnios de Deus, pela compreensão dos homens e das companhias
seguradoras. A evolução finaliza para um novo recomeçar.
Natal é natalício e
nascimento. Recomeço é renascimento. Desde o dilúvio bíblico, uma lição ficou,
a preparação e o recomeço. Antes do dilúvio Noé recebeu uma mensagem do céu. A
meteorologia observa e analisa o céu, e faz previsões antecipadas de chuvas
para o período. Noé como líder, construiu uma arca para conter sua família e
seus animais, seus bens materiais e imateriais. E as lideranças informadas pela
meteorologia não construíram grandes arcos de contenções, nas encostas, para
proteger seu povo e seus bens, tangíveis e intangíveis.
A natureza sábia destruiu o
morro, mas providenciou uma rua, mostrou uma saída, um novo começo, para Mãe
Luiza. Descer em direção ao mar, na direção que o farol ilumina e alerta aos
navegantes. Uma rua entre dois prédios de luxo, desembocando na avenida que
beira o mar. Um dia distante desbravadores desembarcaram na praia. Tudo é um
ciclo que precisa ser compreendido. As dunas são formadas a partir das praias,
com ações dos ventos e das marés.
E Mãe Luiza chegou com suas
areias de volta ás praias. Formando uma Mãe Preta com Areia de Luiza, na
mistura de terra e mar, com silvos de ventos em águas turvas e areias pedrosas,
provocando um impacto ambiental e impedindo um índice ideal de balneabilidade.
Tal como o povo, Mãe Luiza, desceu saindo de uma suposta zona de conforto, também
foi às ruas. E assim declarou aos quatro ventos e aos três poderes, em suas zonas
de conforto, suas necessidades sociais e urbanísticas. Depois de muitas deglutições
e indigestões, infecções e infestações, como uma diarreia paquidermiana.
Natal é reconhecidamente
formada por dunas fixas e dunas móveis. Dunas móveis por ação dos ventos e das
marés. Dunas móveis que se tornaram fixas pela vegetação que ali se instalou.
Com a flora enraizada, se estabelece a fauna. E Mãe Luiza se instalou e se fixou,
com suas filhas gerando descendentes, Floras e Faunas, flores e frutos, para
que a enorme duna alinhada à praia se tornasse uma duna imóvel, fixa.
Mas a geografia e a geologia,
assim como a Terra, estão sempre em movimento, aliadas a climatologia e a
meteorologia vão movimentando, misturando-se entre si. E Mãe Luiza foi
alterando suas formas e composições. Para estabelecer um acampamento, é preciso
analisar o terreno antes de ocupar. É preciso planejar uma rota de fuga em
situação de emergência. E Mãe Luiza fez; se instalou e planejou uma rota de
fuga.
Com ajuda das chuvas e
colaboração de redes de saneamento e abastecimento abriu sua rota de fuga.
Lançou seu tapete de areia entre dois prédios na orla. Abriu passagem para seus
moradores descer. Uma passagem tomada pelo tempo e pelas construções, com
ferro, tijolos, cimento e areias, misturados e empilhados. Tomada por aqueles
que cobriram sua vista para o mar. O mar da imensidão, do infinito. O mar que é
o caminho para quem chega e quem sai. O mar que um dia os descobridores
chegaram, e como colonizadores voltaram. Como soldados chegaram e se instalaram,
depois partiram e ainda podem voltar.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 29/06/2014
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Texto produzido para:
O
Jornal de HOJE – Natal/RN
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Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento
Key Words: management; quality; knowledge
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CMEC/FUNCARTE
Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação
Cultural Capitania das Artes
Natal/RN
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Roberto
Cardoso
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Votação
JULHO a OUTUBRO de 2014
Informática
em Revista-Natal/RN
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Candidato
DESTAQUES DO
MERCADO - INFORMATICA 2014
Categoria: Colunista
em Informática
Categoria: Segurança
da Informação
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INFORMÁTICA EM REVISTA |ANO 8 | Nº 89 |PAG 20
DEZEMBRO 2013 | NATAL/RN
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PRÊMIO
DESTAQUES DO
MERCADO - INFORMATICA 2013
Categoria Colunista
em Informática
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Cientista Social
Jornalista Científico
Reiki Master & Karuna Reiki Master
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Colunista/Articulista
Informática
em Revista - Natal/RN
Informática
em Revista - João Pessoa/PB
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Sócio Efetivo do
IHGRN
(Instituto Histórico
e Geográfico do Rio Grande do Norte)
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E-MAIL: rcardoso.gti@terra.com.br
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