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abre inscrições – Edital
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finais e fora do edital.
Assim seguem os cursos e
faculdades, coletando o conhecimento emanado pelo povo, roteirizando e
fundamentando como conhecimento cientifico, para serem oferecidos como um
produto imaterial nas faculdades e universidades. Um produto intelectual e
intelectualizado, por mestres e doutores, diretores e reitores, escolas e
colégios, faculdades e universidades. Especialistas e protagonistas de um
conhecimento. A velha estratégia de dominar um conhecimento, o antigo argumento
de quem tem um conhecimento, domina e determina um poder. Com divisas e limites
ocultos e invisíveis. O produto conhecimento é imaterial e intelectual.
Provindo da doutrina filosófica do kantismo, ligados aos fenômenos da
inteligência, que transcende o mundo material.
As escolas, colégios,
faculdades e universidades funcionam oferecendo uma parte de conteúdo de
determinado tema, determinado seguimento do denominado conhecimento cientifico,
que pode ser cobrado em testes e provas, sem consultas em bibliografias ou
colegas ao lado. Oferecem conhecimentos e riscos. Os riscos de o aluno ser
reprovado, por falta de conhecimento e falta de comparecimento. O modelo
foucaultinano de vigiar e punir, tornando os alunos dóceis e uteis a um mercado
de trabalho ou de consumo. O “dispositivo panóptico” foucautinano, quando o
aluno precisa saber que está sendo vigiado. Todos em uma sala avistam o
professor e o professor avista todos os alunos. O aluno é vigiado e pode ser
punido. Ainda que as regras do Direito não obriguem um réu ou acusado, a criar
provas contra si, o aluno cria provas de próprio punho, que podem medir e
avaliar o seu conhecimento, identificando se leu e estudou o conteúdo ofertado.
Por fim a universidade produz
um produto. Transformam o aluno em produto denominado profissional, por vezes
especializado. Um produto disponibilizado para as empresas, que guardam o
direito de usar/consumir ou não usar/não consumir. Ainda irão avaliar seus
currículos, e molda-los de acordo com a necessidade da empresa.
O profissional como um produto
destinado a um mercado. Mercados de trabalho e mercado de consumo. Uma elite se
destaca, os que estão posicionados em uma elite do conhecimento, no topo da
pirâmide. Estão munidos de certificados e títulos, isolados dos que estão na
base da pirâmide. Os que conseguem chegar ao topo da pirâmide, criam
dificuldades aos que desejam se posicionar no espaço ocupados por eles. Criam
documentos e situações privilegiadas. Criam documentos que os destacam e
referendam suas posições e seus conhecimentos. Documentos impressos em papel
simples ou papel moeda, como certificados e títulos, que quanto mais raros,
mais valores possuem, sob o ponto de vista bourdiesiano. Criam provas, testes e
concursos, baseados em seus critérios de escolha. Indicam uma enormidade de
livros densos e espessos como fonte de pesquisa para uma prova, e com meia
dúzia de perguntas fazem uma avaliação, uma seleção.
O documento bíblico deixou uma
liberdade a Adão e Eva, de provar e comer todos os frutos encontrados no jardim
do Éden, menos a arvore localizada no meio do jardim, a arvore do verdadeiro
conhecimento. E assim vem acontecendo com a academia, onde o conhecimento é
reservado aos deuses. Deuses acadêmicos, os filhos de Lattes. E aqueles que
desobedecem aos deuses podem ser expulsos ou nem entram do paraíso. Terão que
buscar outras plagas.
A ciência, o conhecimento
acadêmico e cientifico é uma nova religião. Com dados coletados, gráficos,
tabelas e fé avalia-se o passado e acredita-se em um futuro estimado e
calculado por gráficos projetados.
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