Em
busca de novas percepções
O homem é um ser nômade. Primeiro
buscou novos lugares para conhecer novos meios e novas espécies. Domou animais
para chegar mais longe. Inicialmente foi andando. E se era difícil chegar
nadando, construiu um barco. Com a tecnologia construiu transportes para
atravessar mares e rios, construiu veículos terrestres para chegar a terras
distantes. E por fim construiu aviões, um primeiro passo para um veículo
espacial, em busca de outros espaços.
Lugares diferentes, em
direções diferentes proporcionam novas visões e novos olhares. Criando assim
novas visões e novas opções. Ventos diferentes podem soprar a partir de
diversas direções, causando novas sensações. Percepções que alteram os olhares
e as sensações. Os que não viajam constroem seus mundos, fazem suas descobertas
no mesmo lugares que estão.
Novas
versões e novas visões, criando novas opções. (1)
A Terra gira no espaço
infinito. E quem está estático sobre a sua superfície, fica ora voltado para um
lado e ora voltado para o outro lado. Uma situação tal como um carrossel de um
parque de diversões. Quem está no carrossel vê a paisagem passar disforme, sem
entender o que acontece. Seria necessário fotografar para ter uma ideia do
cenário. Congelar uma imagem para entender o que se passa, ou acontece fora do
carrossel. E a ciência fez o mesmo, estatizou situações para poder entender.
Embora na próxima passagem do carrossel a situação possa ter modificado.
Quem está em um lado escuro da
Terra (noite), tem a opção de uma segunda versão quando o dia clarear. A opção
de enxergar um fato ou um tema com uma nova iluminação. Tem a opção de ver um objeto com diferentes
ângulos de iluminação, que o Sol proporciona a cada ângulo formado no céu, em
cada hora do dia. Desfazer e mostrar as sombras que estavam ocultas quando não
havia iluminação. Há anos o símbolo das ideias é uma lâmpada, e a simbolização
do conhecimento é a iluminação. Para aqueles que ficam com a dúvida, a
interrogação (?). Fiat Lux, que haja luz e houve luz (Gen 1:1). E Deus deu
início ao seu trabalho de criação, quando ainda não existia energia
elétrica.
Florence Nightingale
(1820-1910), enfermeira britânica ficou famosa pelo uso de uma lâmpada. Ficou
conhecida, no mundo e na enfermagem, como a dama da lâmpada. Andava pelas
noites escuras, nas ruas com uma lamparina. Levava luz e esperança para
enfermos, perdidos pelas ruas e acamados em quartos escuros. Florence trouxe a
luz para os enfermos e para a enfermagem. Iluminando, formulando e executando
conceitos para a criação de uma enfermagem moderna.
As novas versões geram
segundas e outras novas versões, com outras visões de algo que só era
visualizado por outro ângulo, um ângulo. Novos ângulos podem proporcionar novas
visões, dando oportunidade para criar novas opções. A globalização interage
entre as pessoas; entre as cidades, os estados, e os países; entre os
continentes. E cada vez mais vem proporcionando uma mistura, uma miscigenação
de elementos heterogênicos tendendo a homogeneização, uma unificação. A Terra
tem mais de dois terços cobertos por água. A sociedade é liquida, vive momentos
líquidos, e líquidos se misturam com facilidade. Já se pesquisa o armazenamento
de dados em meios fluidos.
O giro da Terra é como uma máquina
de lavar que dissolve o sabão, e este age sobre as peças de roupas que vão se
misturando e se envolvendo durante a lavagem. Cada peça de roupa tem uma cor,
um tamanho e um modelo (uma identidade), e um dono. Não são liquidas e podem
ser reconhecidas e separadas, ao final dos processos de molho, lavagem, enxague
e centrifugação. Em lavagens industriais, cada peça antes da lavagem ainda pode
receber uma marcação, algo que indique a que rol pertence, uma marca que
indique o cadastro da pessoa física proprietária.
No final do processo é feita apenas algumas
análises: se a peça ficou intacta, não sofreu um dano físico; se a peça de
roupa ficou limpa ou suja. Sem avaliar que a peça não é mais a mesma, sofreu um
desgaste não só pela lavagem, mas pelo seu uso anterior. Que pode estar mais
evidente agora com a ausência de sujeiras, que podiam mascarar uma análise.
O homem sempre analisou o
mundo, o seu mundo, um mundo denominado como real, onde pode afirmar uma
realidade. Analisou o seu mundo real criando uma ciência a partir de uma
maneira estática, laboratorial, um sistema fechado e isolado. A ciência isolou
conhecimentos para poder analisar. Tirou um instantâneo, observou o que poderia
analisar em sua existência. Fez como tirar uma foto e analisar os gestos dos
participantes em um cenário, em gestos estáticos.
Não considerou o Universo
porque é infinito e indeterminado. Regido pela mecânica celeste, onde os
espaços entre os corpos são imensos. E o planeta Terra ainda realiza outros
movimentos no espaço, como por exemplo, o movimento de precessão dos equinócios
(mais ou menos a cada 25.000 anos).
Entre Natal e Parnamirim/RN ─
24/08/2014
Novas
versões e novas visões. Novas opções. (2)
Novas opiniões surgem a partir
de novas versões. Novas visões vão criando e dando oportunidades, e a
possibilidade de surgir novas opções. Uma informação pode relatar um fato.
Outra informação pode emitir alguns dados sobre o mesmo fato. Diversas informações
divergentes sobre o mesmo fato ou tema, caracterizam pontos de vistas
diferentes. As diferentes opiniões de um ou de outro, de alguém ou de outrem,
de um segmento ou de outro; de uma ciência, e de outra ciência.
A corrida presidencial vem
mostrando uma infinidade de informações de um ou de outro candidato. Atores de
um teatro em cena. Informações de plataformas de governo. Uma gestação
ideológica para uma futura gestão administrativa. Informações gerenciais e
sociais; com a possibilidade de vazar informações confidenciais. A divulgação
de medidas educativas e coercitivas, medidas socioeducativas, a partir de
alguns pontos de vista. A proteção do ambiente e do cidadão; da saúde e da
educação, da segurança e da alimentação. Opinião de quem é contra ou a favor do
candidato ou de suas ideias e opiniões. E pressões de uns sobre outros, em um
contexto político ou social, chegando ao pessoal. Temas enigmáticos e ambíguos para o bem e
para o mal.
Uma infinidade de informações
chega por todos os lados, pelas diversas mídias sociais. Desde a fofoca do
vizinho pelo muro de divisa dos terrenos, a um debate na televisão controlado
por quem tem uma opinião formada e direcionada. As divisas por um muro e por
uma tela. Telas e cercas em muros de cimento e conhecimento. Telas aramadas e
cabeadas. Telas de arame plasmáticas; de TV e de LCD, conexões com fio ou sem
fio. Telas ligadas e eletrificadas. De um lado os candidatos e o moderador
diante das câmeras em diversos ângulos, aonde os melhores são escolhidos pelo
controlador de imagens, e vão para ao ar. Imagens no ar que podem mandar um
candidato para o espaço. Do outro lado alguém sentado em uma poltrona
analisando e criticando o que vê, por um ângulo, formado por um olhar na TV.
Sem debates e sem discussões, sem réplicas e sem treplicas.
Informação excessiva pode
gerar desinformação; a incapacidade de formar uma opinião. Uma avalanche de
conhecimentos, onde quem não estiver preparado e agasalhado, pode sofrer com um
grito mais alto, que provoca um desmoronamento de gelo, neve e geleiras;
ideias, ideais e ideologias. Um ‘brainstorming’ de chuvas torrenciais ao subir
a montanha do conhecimento.
A formação da consciência
política cidadã começa com a necessidade de conhecer o idioma pátrio, ou a
língua nativa, um linguajar na atividade. Depois envereda pelo conhecimento da história
e da geografia de sua cidade, de sua região e de seu país. O protagonismo jovem
nas ruas, a participação na vida política econômica e social gera um
conhecimento vivo, um conhecimento de visão por imersão.
As academias acolhem
produtores de conhecimento. A partir de informações vão construindo um
conhecimento. Produzem conhecimentos para em benefício próprio usar. Para que
uma ou outra academia utilize em outras situações. Academias militares,
Academias literárias, e Academias científicas. Academias jurídicas e academias
políticas. Academias da história e da geografia de um lugar, a exemplo: o
IHGRN – Instituto Histórico e
Geográfico do Rio Grande do Norte e o INRG – Instituto Norte-Rio-Grandense de
Genealogia. Os homens e as famílias fazem a geografia que um dia se torna história,
do arruamento histórico ao adensamento geográfico.
Para estabelecer uma pena ou
um esclarecimento pode ser necessário instalar uma perícia. Uma perícia pode
ser instalada ou implantada para se chegar a uma conclusão, por meio de provas
e evidencias. Prova pericial com evidencias: judiciais e científicas. Com uma
literatura poderá ser descrita. Com uma ordem militar poderá seguir em torno de
uma ideia, em razão de uma necessidade. Uma perícia deve ser feita a partir de
verdades. Uma construção de verdades que serão confrontadas e associadas, a
partir de hipóteses, e de acontecimentos de um evento.
A justiça deve estar calcada
em verdades e não em vontades. Com o uso do direto pode se chegar a verdades;
uma ciência vai contribuindo com a outra. Vai-se criando regras e normas aqui e
ali para tentar chegar a conclusões.
As informações mesmo que
convergentes ou divergentes geram um conhecimento. Um conhecimento de novas
hipóteses. Um dia é diferente do outro, tal como uma noite é diferente da
outra. È possível apenas afirmar que um se antecede a outro e o outro acontece
depois de um. Fato afirmativo e valido enquanto a Terra fizer um giro em torno
do próprio eixo. Até tese seja derrubada por um novo fenômeno celeste alterando
o paradigma atual (Mudança de paradigma em Informática em Revista – abril/2014).
Entre Natal e Parnamirim/RN ─
31/08/2014
Novas
versões e novas visões. Novas opções. (3)
Foi divulgado o resultado do
Ideb pelo MEC, o principal indicador da qualidade na educação básica. Muitos
estados ficaram com resultados abaixo da meta. O RS ficou entre os melhores, o
RJ ficou na média, e o RN ficou entre os piores (O Globo em 06/09/14 – Rio de
Janeiro/RJ). O governo federal atrasou a divulgação dos resultados provocando
críticas entre políticos e educadores (idem).
Justificativas de empowerment
(empoderamento) surgem para justificar o mau desempenho em alcançar metas. O
presidente do Inep declarou no evento Educação 360 (set/14 - Rio de
Janeiro/RJ), que há um problema estrutural no ensino médio (O Globo em
07/09/14). Justificou o atraso da divulgação dos índices, pela enormidade de
dados a serem analisados (idem).
É preciso integrar os saberes,
disse Edgar Morin no Rio de Janeiro, durante o evento ‘Educação 360’ (idem). E
é preciso um estrangeiro pisar em solo brasileiro para falar e mostrar as
evidências, da necessidade de revoluções educacionais. Heranças de um Brasil
descoberto, colonizado, explorado e educado por expedições e viagens, modelos e
critérios de outros povos.
O conhecimento proporciona
conhecer e identificar novas versões, novas visões e novas opções. Desatando os
nós da formação e da educação formal, formatada para pessoas desinformadas e
desenformadas. A desinformação gera pessoas para serem moldadas durante um
processo de fermentação e cozimento. E para no final do processo ser
desenformadas e fatiadas.
A inovação é citada no meio
acadêmico e empresarial, como um novo conceito necessário a ser implantado e
realizado, por empresas e pessoas. Um termo importado, e incorporado no
vocabulário empresarial, nacional e atual. Entendido como um novo comportamento
do conhecimento e da tecnologia. E este conceito, sempre esteve presente no
cotidiano brasileiro, subestimado e denominado como o jeitinho brasileiro. A
repetição dos acontecimentos, uma apropriação do conhecimento e do
comportamento. O índio descoberto pelos portugueses já criava instrumentos e
equipamentos com recursos da mata. Inovação e criação é patrimônio imaterial e
intelectual do povo brasileiro.
Novas versões e novas visões,
que vão criando novas opções. Criando assim novas interpretações. Com ideias de
transversalidades, transdisciplinaridades e interdisciplinaridades. Provocando
novas opiniões e sensações. Novos prazeres, novos saberes e novos sabores. Em
todos os seguimentos e setores. Com assoreamentos e decantações, o fluxo
líquido torna-se límpido.
Em textos anteriores já foi
mostrado e citado algumas relações entre lâmpada e iluminação. E outras ideias
a partir de uma iluminação podem surgir. Os mercados e supermercados são bem
iluminados e estão cheios de novas ideias, novas seções, novos displays; novas
gôndolas e novas prateleiras. Novos produtos resultantes de misturas
inimagináveis e não esperadas
Assim como os conhecimentos se
misturam em uma sociedade liquida, os sabores e os saberes se misturam também.
Em uma sociedade líquida, são nos líquidos disponíveis e ofertados em um
mercado, onde encontramos uma maior variedade de misturas. Bebidas lácteas e a
base de soja com sabores. Cervejas nacionais e importadas adicionadas de outros
sabores.
Restaurantes iluminados
oferecem um espaço ao cliente com luzes no teto e luzes em balcões refrigerados
e aquecidos. Um bufê com serviço self-service com as mais variadas opções de
sabores entre pratos quentes e pratos frios, entre ingredientes cozidos ou
crus; assados ou grelhados. Na cidade de Natal ainda podemos encontrar a opção
torrado.
No restaurante self-service,
cada um tem o poder de escolher entre os ingredientes oferecidos, montar seu
próprio prato. Sem obedecer a critérios gastronômicos; qualitativos ou
quantitativos; nocivos ou nutritivos. Sem ordens e combinações de componentes e
ingredientes. Cada qual faz a sua escolha naquele momento. Indicação medica de
cardiologistas, nutricionistas ou endocrinologistas para dietas parciais ou
totais, dietas de engorda ou emagrecimento não são questionadas, diante da
balança ou do caixa.
Uma perícia inicial oculta,
individual, não divulgada e não demonstrada, faz parte da escolha do
restaurante e dos pratos e serviços oferecidos. Observar como são suas
instalações a partir dos critérios e dos conhecimentos pessoais de cada um.
Com uma gestão escolhe-se como
será a digestão, a partir de conhecimentos e discernimentos. Escolhe-se o que
comer e o que saber, escolhe-se saberes e sabores. Os índios silvícolas já
escolhiam o que comer nas matas, nos mares e nos rios. Enquanto os índios
canibais escolhiam quem comer.
Rio de Janeiro/RJ ─ 07/09/2014
Novas
versões e novas visões. Novas opções. (4)
Por critérios ou necessidades;
medos e verdades; conhecimentos ou vaidades, o homem sempre dividiu o mundo.
Separou o mundo entre o seu e o dos outros. Dividiu o mundo entre o dele e o
dos outros. Dividiu seu mundo, dividiu um único mundo, em outros mundos. Como o
mundo visível e o mundo invisível, a partir do que era possível tocar e ver, e
do que era possível somente sentir e perceber. O imaginável e o não imaginável;
o admissível e o não admissível.
Do ponto de vista do
conhecimento, também fez suas divisões e separações. Entre os que sabem e os
que não sabem; o que tem conhecimento e o que não tem conhecimento. Os que têm
um diploma e os que não têm um diploma. Com títulos e sem títulos, ou com
muitos títulos. Os que têm diploma e títulos e não sabem nada, e os que não têm
diploma e nem títulos, mas tem algum conhecimento. O graduado e o não graduado.
O graduado e o pós-graduado, seccionado entre mestres e doutores, chegando ao
pós-doutorado.
Palestras e conferências,
colóquios e seminários, mesas redondas e painéis com debates, promovem o duelo
de títulos e diplomas. Lugares onde cada um é apresentado com seu canudo
simbólico na mão. São apresentados e aplaudidos como possuidores de um
conhecimento incorporado e individualizado, distinguindo-o dos outros, os que
não compartilham nem dividem o seu conhecimento. Mas aos poucos a sociedade
cientifica e acadêmica vem admitindo que os classificados como desprestigiados
e despreparados, também produzem um conhecimento. Cultura e conhecimento emanam
do povo. Enquanto a academia tabula, nomeia e classifica.
Criam-se critérios de divisões
e separações, na academia do conhecimento. Critérios que permitem novas versões
e novas visões, novas opções de análise. Uma nova avaliação, e uma nova
divisão. Entre os que se cercam de títulos e diplomas, sem produzir um
conhecimento. E aqueles que produzem um conhecimento com os critérios e
instrumentos da academia sem, no entanto, procurar ratificar suas produções
intelectuais, pelos critérios dos títulos e diplomas acadêmicos, que podem
conferir ou sugerir simbolicamente um conhecimento.
A religião e a natureza podem
ter contribuído para uma ideia de divisão e separações. A começar pelo dia e
pela noite, algo entre o claro e o obscuro. O bem e o mal, o bom e o mau; a
direita e a esquerda, o de cima e o de baixo. O dia e a noite, como o alvo e o
escuro, com sol ou com chuva.
E o mundo pode ainda poder ser
dividido em inúmeras maneiras. Do ponto de vista dos hemisférios: os
hemisférios: Norte e Sul, separados pela linha do Equador. Os lados oriental e
ocidental a partir do meridiano de Greenwich.
Do ponto de vista econômico pode ser dividido em países desenvolvidos e
países não desenvolvidos, com uma classe intermediária. A classe dos países em
desenvolvimento, países em vias de se desenvolver, sugerindo uma possibilidade
de chegar a ser um desenvolvido, ou retornar a classe dos subdesenvolvidos. Pelo ponto de vista gastronômico, o mundo
pode ser divido em vários seguimentos, entre os regionais e os internacionais.
O europeu e o oriental. E assim podem ser divididos os restaurantes em
orientais e ocidentais. Com opções gastronômicas ou astronômicas no preço e na
qualidade.
Mas a medida que avança o
processo de globalização, cada segmento vai perdendo suas divisas, ficando
difícil enxergar uma linha divisória entre dois seguimentos. Uma sociedade
liquida onde podemos encontrar uma variedade de águas engarrafadas: água mineral
natural, água natural, água adicionada de sais. Água saborizada e água
aromatizada, que não são reconhecidas como água na legislação brasileira. Águas
gaseificadas naturalmente e artificialmente. Com tantas variedades, e com
aumento de consumo, já é possível encontrar cartas de águas, tal como cartas de
vinhos.
Restaurantes que oferecem
pratos orientais, com tradicionais pratos a partir de pescado cru, já oferecem
opções de alimentos fritos e cozidos. Churrascarias especializadas em cortes
especiais de carne, já oferecem há algum tempo pescados variados. Restaurantes
com especialidade em comida chinesa, agora oferecem comida nordestina,
adentrando o sertão. Da culinária francesa a culinária tailandesa, da japonesa
e chinesa a sudanesa e a milanesa; mineira e brasileira. A mesa é onde todos os
pratos se encontram para trocar saberes e sabores.
Uma miscigenação do
catimbozeiro: X-bode com queijo de coalho e molho de coentro, em pão carteira.
Quiche de ginga com jiló (JH 06/12/12). Pudim de tapioca com calda de lambedor
(JH. 3 e 4 /11/12) Rodízio de farofa, uma nova opção gastronômica (JH
25/02/13). Namorado fresco, peixinho e patinho resfriados. Para acompanhar um
suco mix de pitomba com seriguela. Toda mistura é válida, assim como todo
conhecimento é bem-vindo.
Muitos dos conhecimentos
científicos produzidos na academia do conhecimento, já concorrem ao prêmio Ig
Nobel. Pesquisadores e escritores voltados e interessados no conhecimento
científico. Mestres e doutores, buscando e concorrendo a títulos laureados.
Embora lhes sejam atribuídos critérios da importância da sua
insignificância.
Rio de Janeiro/RJ ─ 14/09/2014
Novas
versões e novas visões. Novas opções. (5)
Cinco, a quantidade de dedos
em uma mão. Uma visão da anatomia humana, o ser humano possui cinco dedos em
cada mão. E o dedo polegar como opositor aos outros dedos permite pegar
objetos, e exercer movimentos mais precisos e mais finos. Movimentos finos, uma
visão da fisioterapia. Cinco, um limite de contagem, dando opção de mais cinco.
Com duas mãos totalizando dez dedos, surgiu o sistema decimal. E assim o homem
aprendeu a contar e enxergar o mundo da matemática.
Com o uso dos dedos e das mãos
pode enumerar o que via, e contar o que precisava contabilizar. Chegou a
estabelecer o ano com dez meses (setembro, outubro, novembro, dezembro). Montou
lotes com dez espigas de milho, o total de dedos das mãos, já que não conhecia
o uso dos números. Cinco dedos em uma mão indicam cinco lotes de dez,
totalizando cinquenta espigas. Assim os negociantes de milho podiam
contabilizar e negociar seus estoques, suas vendas e suas aquisições, sem o
risco de adulteração na contabilidade, e com ajuda da anatomia. Ainda hoje no
RN uma mão de milho corresponde a cinquenta espigas de milho.
Cinco é um número, que pode
determinar uma quantidade de visões ou versões, e uma quantidade de opções. Com
os outros cinco dedos da outra mão, surgem novas opções. Com cinco opções de um
lado e cinco de outro, surgem combinações aleatórias. Entre o uso consecutivo
de dedos e mãos, são infinitas opções e versões, múltiplas de dez. As mesmas
mãos e dedos que prepararam e montaram dezenas de pratos e documentos sobre a
mesa.
Depois de tantas misturas e
gostosuras sobre a mesa, restou apenas um único item integro. Símbolo da vida, da limpeza e purificação.
Indispensável à vida e indispensável à tomada de decisões: o solvente
universal, o liquido facilitador. Ajuda facilitando os processos de reuniões,
gestões e digestões. Um líquido que participa de diversas mesas; do consultório
ao escritório, do refeitório ao oratório, favorecendo a alma, o corpo e a
mente. Uma visão tríade, a dualidade mais um.
Reuniões de negócios; reuniões
de trabalho, e reuniões de lazer; reuniões de alimentos. O elemento que cobre a
maior parte da superfície terrestre, o elemento de maior percentual na
composição do corpo humano. Com dois elementos etéreos associados, forma uma
molécula liquida. Com duas mãos juntas pode ser amparada, represada e levada à
boca.
O único item preservado e
cultuado no mundo, e sobre as mesas. A partir de uma visão da química, é a
mesma em qualquer lugar do planeta Terra: independe de credo ou religião, país
ou região, independe de visões econômicas ou culturais. Aromatizada ou
saborizada, com aditivos artificiais, deixa de ser água, até mesmo por
critérios jurídicos ou acordos entre produtores e consumidores. É oferecida a
qualquer imigrante ou viajante; invasor ou prisioneiro; estrangeiro ou
mensageiro; simpatizante ou militante, de causas diferentes ou antagônicas. A
partir dos vestígios de água encontrados em outros planetas, pode-se avaliar a
presença ou a existência de vida.
A água é oferecida a palestrantes e
professores, mestres e doutores, que apresentam ou levam um conhecimento a uma
plateia. Oferecida em reuniões onde são tomadas decisões. Assim como o padre
toma o vinho diante os fiéis, interessados no sermão, o palestrante toma água
diante uma plateia com ouvintes, interessados em sua fala. Enquanto uma fala de
uma sociedade com visões bíblicas, o outro, dá um enfoque com visão cientifica.
Cada templo tem a sua linguagem e seus fiéis. Ciência e religião são duas retas
paralelas que se encontram no infinito. É tomada aos goles à medida que se toma
uma decisão, de falar ou calar. Cada deglutição pode ser um concordar ou
discordar.
Um símbolo de pureza sobre a
mesa de eventos, que geram documentos. Presente para lembrar o passado, a
origem daqueles que estão em volta da mesa e no mar da plateia. Mesas redondas
ocupadas por poços de conhecimento. Como poços redondos com a água no centro
das decisões, e dos poços de conhecimentos que reúnem sedentos. Presente para
lembrar que para acontecer um futuro, dever ser preservada. Acolhe o início e a
preservação da vida.
Pura e natural, neutra, sem
aroma, sem cor e sem sabor. A água é oferecida aos palestrantes e oradores, com
discursos e visões científicas, protegida pelo argumento científico e
fisiológico criado: suavizar as cordas vocais e molhar a garganta ressecada
pelo ambiente e pela fala excessiva. Eficiente para criar uma pausa no discurso
oratório, dando oportunidades para reflexões. Bebe-se diante um público, em
breves e pequenos goles. Dois dedos de água podem ser suficientes para uma
pausa, e mais dois dedos de prosa.
Fora do ambiente de exposições
científicas, bebe-se do fartamente ao moderadamente, e sem contraindicações.
Repõe os líquidos e os sais minerais perdidos com a eliminação de suor e urina.
Um ciclo constante de perda e reposição, transporte e moderação. Sua retenção
pode criar problemas ou relatar problemas, uma visão da fisiologia. A água presente na mesa, como símbolo da
lembrança da origem fetal envolvido no líquido amniótico. O símbolo da origem
das espécies. Os primeiros seres surgiram na água, se tornaram repteis e
ocuparam a terra. Um dos símbolos do cristianismo é o peixe, e o peixe depende
da água para sua sobrevivência, independentemente de suas metáforas com relação
a outros meios: há peixes que saltam da água; e espécies mamíferas, que vivem
no mar e necessitam de ar.
Assim como os primeiros
povoamentos surgiram em volta de poços, para obtenção de água, discernimentos e
estratégias surgem de mesas redondas com suas ideias e suas águas dispostas em
redor, diante de cada expositor.
Rio de Janeiro/RJ ─ 20/09/2014
Novas
versões e novas visões. Novas opções. (6)
Povoamentos surgiram em função
da proximidade de um local em condições de obtenção e fornecimento de água. Um
rio ou um córrego, uma nascente ou uma fonte; rios e ribeirões, arroios e
riachos. Com conhecimentos, instrumentos e equipamentos, tornou-se possível
perfurar poços. Quem sabe cavando e escavando com outros objetivos,
descobriu-se água e aprimorou-se a técnica de perfuração de poços. Peritos em radiestésica
com suas varinhas e pêndulos, procuravam locais para cavar e encontrar:
minerais, metais preciosos, água e tesouros perdidos ou esquecidos.
Cada povo definiu um lugar
para buscar água, o lugar onde era possível encontrar água limpa, fresca e
potável. Cada momento e cada necessidade levou o homem a procurar uma qualidade
da água. Hoje procura produtos fósseis em águas salgadas e profundas.
Imigrantes e estrangeiros trouxeram a ideia de perfurar e usar poços. Ideia
desde muito inclusas em contos e fabulas, assim como o Oasis e o deserto, desde
as citações bíblicas. Nordestinos vão buscar água em cacimbas e barreiros.
Enquanto povos indígenas podem ir beber água no tororó, sempre evitando a hora
de a onça beber água. E poços continuam
a ser perfurados com tecnologia importada.
Assim como um poço pode ter
reunido pessoas em torno deles, criando povoamentos, lagoas e rios reuniram
também. Lagoas naturais e artificiais são encontradas no RN, captando águas das
chuvas e dos rios. Nas lagoas elas fazem uma breve pausa, para seguirem seus
caminhos em direção ao mar. Por vezes podem retornar, com estratégias
artificiais, como o caso da Lagoa do Bonfim (RN) que abastece o interior do
estado.
Os rios além de ter fornecido
água a grupos, podem ter separado alguns grupos de indivíduos. Ao longo dos
anos um rio (river), tornou os ocupantes de suas margens, povos rivais (river).
Um povo em cada margem, separados por um correr de água em um leito formado.
Água, uma estratégia logística de batalhas e da sobrevivência. A partir da
necessidade diária do ser vivo. Independente de um conhecimento científico. A
ciência denomina a busca de água pela sensação de sede, como um instinto
animal. A necessidade natural da reposição liquida e mineral, a refrigeração do
sistema fisiológico.
Um ditado bem popular diz que
um homem e um rio nunca são os mesmos, ao se encontrarem e reencontrarem. A
cada momento que o homem vai tomar banho em um mesmo rio, em um mesmo ponto do
rio, os dois não são os mesmos que se encontraram no banho anterior. Outras
águas já passam naquele momento pelo mesmo ponto do rio. Enquanto o homem viveu
outras experiências. E aqui surge a água novamente, como elemento purificador e
modificador.
A cada aula, curso ou
palestra, professores e alunos, palestrantes e ouvintes não serão mais os
mesmos. A cada pausa, e a cada intervalo com parada para ingerir ou expelir
líquidos, cada um poderá retornar ao ambiente com novas ideias, na intenção de
divulgar suas ideias e influenciar os outros. A cada escrita ou leitura,
leitores e escritores também não serão os mesmos. A cada gole de água entre uma
leitura e outra, são momentos de purificação e reflexão do texto lido. Ao final
de um dia, com palestra ou aulas, analises e leituras, um balanço hídrico
corporal, e um balanço intelectual estarão realizados.
Entre líquidos ingeridos e
expelidos, há informações e conhecimentos que foram trocados, ingeridos e
expelidos, assimilados, analisados e concluídos. Vivências e experiências em
momentos líquidos, e situações liquidas, entre um indivíduo e outro, entre um
grupo e outro, temas que se misturam entre um assunto e outro.
Outras águas passam pelo rio
que corre. Águas dos rios que levam e lavam, livram e louvam, com luvas e
lluvias (as chuvas dos espanhóis). As águas dos rios levam notícias das
nascentes aos estuários, lavam cidades e pessoas pelo seu caminho. Louvam com
os agricultores para que a chuva chegue, com as luvas dos trabalhadores e
lluvias dos colonizadores. Águas que já chegaram até outros rios, desceram
pelas encostas. Arrastaram sais e minerais em direção ao mar. Águas puras que
carrearam minerais e sais das terras em que passam, para salgar o mar.
Águas que já visitaram as
populações ribeirinhas ao longo de seu leito. Águas que já chegaram até o mar,
variaram de temperatura e densidade, banhando peixes de água doce e água
salgada. Alimentaram peixes, moluscos e crustáceos. Águas que já sublimaram e até congelaram;
evaporaram, condensaram e precipitaram. A água que não corre forma um pântano,
a mente que não trabalha forma um lodo (Vitor Hugo).
Outros momentos e outras
situações já viveu o homem depois do último banho. Viveu situações com outras
vivencias e convivências, adquiriu novos conhecimentos. Conheceu novas pessoas
e ouviu novas histórias, novas versões de histórias jê conhecidas. Novos
ângulos de visão. Ainda que ganhe a turbidez das águas e da visão. Com
cataratas de pedras e na retina. As visões estão guardadas na memória.
Rio de Janeiro/RJ ─ 28/09/2014
Novas
versões e novas visões. Novas opções. (7)
O sangue transporta um
conhecimento. Um conhecimento que pode ser identificado e interpretado por uma
coleta, para um exame no sangue. Identificando percentuais de glicose,
gorduras, índices hormonais. Fatores de riscos, e outros parâmetros
indicadores. As artérias e as veias levam vida e oxigênio às células, trazendo
de volta as notícias do corpo e particularmente das células. Notícias que
retornam pelas veias, os vasos sanguíneos que retornam com o sangue venoso ao
pulmão e ao coração. O sangue corre em um sistema fechado levando energia pelas
artérias, trazendo notícias e conhecimento pelas veias, informações de células
que com o tempo, se renovam e se modificam. O corpo envelhece, se modifica, e a
imagem muda ou altera.
Os rios transportam águas que
foram oxigenadas durante o seu trajeto de precipitação em contato com o ar
atmosférico. Durante seu trajeto até o mar colhem informações dos povos
ribeirinhos. E a água circula em um ciclo fechado na atmosfera, evaporando,
condensando e precipitando. A água faz contato com o ar e com a terra. É o meio
termo entre o sólido e o gasoso. O rio é um veio de conhecimento com seus
afluentes e córregos, como artérias de energias. Com o tempo a paisagem muda ou
altera. É modificada pelo o homem ou por outras espécies animais ou vegetais.
Aumentam ou diminuem as populações e os volumes, de animais, vegetais e
minerais. Matas e vegetações nativas ou plantações intensivas ou extensivas. Os
animais transformam os ambientes pela sua presença. Transportam sementes e
acrescentam nutrientes ao solo. E o homem escava, desmata e explora minerais;
desvia leitos de rios e promove a construção de barragens.
O homem fixa-se a um local, e
modifica com mais intensidade o ambiente. Promove alterações no espaço,
transformando um espaço natural em espaço artificial. Desmata e deposita seus
excrementos onde habita. Lança seus dejetos em mares e rios. Lança produtos
químicos no ar e no mar, criando seus próprios cânceres. Revira solos e
subsolos a procura de minerais valiosos e preciosos. Cria um câncer na terra,
no corpo e na alma. Cria uma nova versão do ambiente com a necessidade de
entender e interpretar as novas situações, por ele criadas. Um dia o ser humano
abandonará o planeta, e para isto devera recompor o que destruiu. E desde já a
palavra de ordem é a preservação do meio ambiente. Reduzir índices de
desmatamento e quantidade de poluentes em solos, rios, mares e atmosfera.
Com o tempo o corpo e a
paisagem mudam, modificam. Depois de algum tempo, ler um texto escrito,
percebemos erros digitados. Percebemos o quanto podemos ter mudado de opinião;
acrescentando ou retirando ideias e informações, opiniões. Percebemos o quanto
podemos acrescentar novas informações. O texto ficou fixo e homem mudou. Foi
modificado pelo tempo, assim como a paisagem e o corpo se modificam. E em um
novo texto surgem as novas interpretações. Criando assim, novas versões e novas
visões, oferecendo novas opções.
Com um calendário podemos
estabelecer sete dias e sete noites. Os ciclos para marcar mudanças estão no
céu: O dia e a noite, ambiente iluminado e não iluminado. As luas: Lua
minguante, Lua nova, Lua crescente e Lua cheia. Cheia de vida, cheia de luz e
iluminando a escuridão. Entre a luz e a escuridão mudanças acontecem. E tal
como o texto, que ficou esquecido em uma escuridão. E ao ler novamente podemos
ler com outros olhos e uma nova iluminação.
Rio de Janeiro/RJ ─ 05/10/2014
Coletânea em 1/11/15
Entre Natal/RN e
Parnamirim/RN
Textos produzidos para:
O Jornal de HOJE - Natal/RN
Key Words: management; quality; knowledge
Texto
disponível em:
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/11/em-busca-de-novas-percepcoes/
Em busca de novas
percepções
A busca do saber, e
do conhecimento
PDF 514
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Em 1/11/15
Entre Natal/RN e
Parnamirim/RN
por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
Plataforma
Lattes
Produção
Cultural
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Outros textos:
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http://jornaldehoje.com.br/search/roberto+cardoso
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