sábado, 25 de outubro de 2014

Relhos e castigos



Relhos e castigos

Sobre relhos e castigos através dos tempos

Primeiro o homem procurou dominar os animais. Na Bíblia está escrito que todo animal sobre a Terra o homem poderia dominar. E o homem devorou, domou, dominou e domesticou. Ainda devora e descarta as sobras. Devora enquanto come para alimentar o corpo, e descarta o que não lhe interessa: cascas, gorduras, peles e sobras. Descarta o que não alimenta seu estomago ou não alimenta seu cérebro. Cada um tem uma necessidade corporal e mental.

Gerações cresceram sob uma dominação dos pais. Um Senhor nos céus e um senhor na terra. Uma dominação tal como a dominação de um animal. Animais são dominados pela força e pelas astucias de seu caçador e seu criador, o seu dominador. Aquele animal que se oponha a ser capturado pode ser conduzido com relhos e chicotes até o local de sua prisão.

Os animais não possuem a inteligência e as estratégias do homem para criar armadilhas, jaulas e gaiolas. Uma armadilha para capturar, jaulas e gaiolas para manter presos. Um relho ou um chicote na mão para ameaçar. Animais enjaulados e engaiolados recebem água e comida como um ato de caridade. Por naquele momento se forem soltos, não teriam como obter alimento. Estão tão habituados a ficar presos, que não saberiam como sobreviver ao frio e a fome quando soltos. E homem por tanto tempo já habituado em manter animais presos, que vê a sua atitude de oferecer água e comida como um gesto de amor e caridade a um animal. Um animal que aos seus olhos é incapaz de promover sua própria sobrevivência. O homem responsável pelo cativeiro oferece a água e a comida que lhe apetecem, em seu tempo disponível e sua vaidade. Tirando a livre escolha de um animal livre, em escolher o que vai comer. Comer o que encontra e o que necessita, conforme o tempo e a natureza oferecem. 

O homem criou cidades que não possuem matas e rios, que possam oferecer alimentos aos animais que andam soltos pelas ruas e praças. Vivem mendigando um resto de comida, e em busca de uma poça de água. E assim justifica novamente a prisão de animais. Muitos vendidos como escravos pessoais em pet shops. Nas cidades e muitos lares, os animais já podem obter status de membros da família por algum dono ou criador. Estes animais têm direito a abrigo e ração balanceada, que não desperdicem o tempo e o dinheiro do dono. Tal como alguns escravos eram escolhidos e faziam parte da casa grande. Escravos escolhidos por gestos e dentes. Tinham como tarefas cuidar da casa, e dos filhos dos senhores, donos de fazendas e escravos. Como os animais de pet shop devem fazer companhia para os filhos de seus criadores, e por algumas vezes vigiar uma casa, são escolhidos pelas suas roupagens, e o mostrar de dentes.



E na falta de animais para prender, o homem procurou prender o próprio homem. Com conceitos de tradição, de família e de propriedade, criou regras de comportamento. Com as regras de comportamento não cumpridas, podem correr o risco de serem capturados e presos, pela própria espécie. Enquanto presos em jaulas e gaiolas compatíveis com o tamanho e conceitos no padrão do animal homem, receberão água e comida, uma refeição padrão. Bem como a proteção de outros animais da mesma espécie. 

A sociedade evolui, as regras são aprimoradas, e os castigos acompanham uma evolução. Deixam de ser corporais e passam a serem morais. A desmoralização de ser preso, julgado e condenado. Perder a liberdade que tomava dos animais. Ser preso e enjaulado como um animal. Aqui os relhos e os chicotes foram substituídos por armas de fogo e cassetete.

Os castigos mudam pelas ruas e mudam dentro de casa também. Do relho pode ter passado para o cinto ou o chinelo. O homem que andava a cavalo, o cavaleiro, tinha sempre um relho ao alcance das mãos. O homem mais civilizado, o cavalheiro, podia ter um cinto ou um chinelo ao alcance das mãos. Sob a égide do provedor de abrigo e alimento, todos devem obedecer a suas regras. Quem detém valores morais ou financeiros, podem deter aqueles que habitam uma casa. Os submetidos a este processo comem o que lhe oferecem, entre alimentos e conhecimentos.

A sociedade cresceu com o conceito dos mais velhos possuírem um saber e um conhecimento. E a prole seguia seus conceitos e conhecimentos. O núcleo social deixou de ser um grupo familiar, e foram criados os grupos nas ruas e nas escolas. Criaram-se grupos nas faculdades e universidades, e grupos profissionais. Profissionais se agrupam em sindicatos e associações, para proteger um espaço e um conhecimento. Com um conhecimento podem dominar outros grupos, e proteger seu próprio grupo. Manadas, enxames e cardumes com seus conhecimentos, protegem seus próprios grupos.

Hoje os grupos sociais encontram-se na internet. Grupos construíram um saber e um conhecimento, que ultrapassou as paredes de uma casa. E aquele provedor de uma casa ficou isolado entre quatro paredes, olhando para uma televisão, como uma janela para o mundo que não vê. Vitimando-se das próprias armadilhas e cativeiros.

Com o isolamento de pais e provedores continuou a sua interpretação de que possuem um saber e um conhecimento. E agora não podem oferecer aos filhos mais do que seus ideais e as suas ambições. Continuam como criadores de jaulas e gaiolas oferecendo água e comida. Não enxergam que uma nova alimentação é o conhecimento. E se não tiveram muito, não entenderão que outros podem querer mais. Não entendem nem mesmo onde é possível obter este conhecimento. Onde ele se disponibiliza e o que deve ser feito com ele. Como obter o conhecimento que encontra e o que necessitam, conforme o tempo e a natureza oferecem. Donos de cativeiros oferecem uma ração básica de conhecimento, ficam cativos do próprio cativeiro.

Estarão sempre oferecendo o que podem. Oferecem e disponibilizam o que acham que podem disponibilizar. Oferecem o que entendem e o que enxergam. Achando ser mais que suficiente. Já que talvez nem isto pudessem alcançar.

Texto disponível em:


http://osabereseosabores.blogspot.com.br/2014/10/relhos-e-castigos.html

domingo, 12 de outubro de 2014

A práxis do existir



A práxis do existir - A práxis do ser vivente

O conceito de práxis começa com a necessidade de criar e modificar o meio. Modificar o meio com um objetivo prático é exercer uma práxis. Criar algo que facilite uma tarefa ou um trabalho. Com o uso da força e da inteligência, coletar produtos na natureza que facilitem suas necessidades e tarefas. Coletar e transformar o extrativismo em algo prático e útil.

Um simples conceito de práxis pode ser entendido a partir de alguns artefatos indígenas. Como cortar palhas e trançar-las, para construir um cesto, que vai ter uma utilidade de transportar frutos e raízes, ou objetos menores. Os homens podem construir cestos e transportar suas caças e pescas, enquanto mulheres podem transportar seus pequenos filhos. Em cestos e tranças, modalidades e utilidades diferentes para cada finalidade.

Cortar galhos de uma arvore para construir uma armadilha para caçar ou pescar, construir uma armadilha para obter alimentação de origem animal. Imprimir uma força física para modificar, e transformar um elemento retirado da natureza. Cortar, quebrar, raspar, vergar um vegetal com objetivos de construir um objeto. Construir um arco e uma flecha, que poderá ajudar na caça e na pesca. Aplicar o uso de uma energia acumulada, que pode dar impulso a uma flecha, quando liberada. Praticar tarefas sem ter um conhecimento da física, da modificação dos corpos e da transformação de energia.

E o homem chamado civilizado também construiu sua práxis. Cortou galhos e fez uma fogueira para se aquecer e preparar alimentos. Com paus e pedras sem argamassa construiu uma habitação. Com algumas pedras protegeu o fogo do vento, evitando desperdício de calor. Com peles e couros de animais fez agasalhos e abrigos. Evoluiu seu conhecimento e evoluiu sua práxis. Juntou produtos de origem animal, mineral e vegetal, construiu e criou novos produtos. Acrescentou energias invisíveis como a eletricidade, que facilitou e criou possibilidade de novos usos e novos produtos. Transformou o que poderia ser lenha em carvão. Misturou água, terra e calcário para produzir uma argamassa. Anteriormente já havia misturado capim e barro para construir tijolos. Com o fogo transformou os blocos de argamassa em novos tijolos. Fez panelas de barro e de pedra.

O homem considerado civilizado – por ele mesmo. Elaborou a sua principal práxis, a arte de anotar seus inventos e suas ideias. Com o uso da escrita perpetuou seu conhecimento, ultrapassando séculos e gerações. Enquanto índios permaneceram no conhecimento oral, transmitido de geração para geração. 

E o conhecimento não para, de crescer, de ser aumentado e articulado. Daí vem uma necessidade de estudar o que já é estudado, e o que já foi estudado. Criar metodologias que façam medidas, qualitativas e quantitativas. Torna-se necessário quantificar e qualificar algo para agregar valor. Criar um novo produto com o conhecimento já existente. Analisar a historia oral por meio da escrita. Analisar documentos de uma era que fora escrito, sem a intenção da perpetuação documental. Tornar os escritos como argumentos para o conhecimento implantado e reconhecido hoje. Juntar algo que eram somente cinzas, para criar uma fênix.

Depois de transformações, que modificaram o meio, surge uma nova práxis. Daí então vem outras práxis, para serem analisadas e observadas. A práxis do existir, a transformação do mundo por uma simples existência. Uma práxis exercida por aqueles que a sociedade discrimina e exclui, denomina por seres improdutivos, aqueles que não criam objetos, que não produzem valores. Algo com um valor de mercado, com um valor determinado por aqueles que criam valores. Algo que tenha um valor para aqueles que estão imersos em valores. Algo que determinem um valor, uma utilidade. A práxis daqueles que não produzem bens visíveis, mas podem produzir bens intelectuais, gerar um conhecimento, pela simples observação do meio.

A sociedade exclui e discrimina os denominados vulgarmente: de cego, de mudo, de surdo e de aleijado. Portadores de uma dificuldade ao extremo, mostrando que cada um pode ter aquelas mesmas dificuldades, em proporções mínimas, individualizadas ou mescladas.  

Os conceitos mudam e a sociedade evolui, encarando o problema, dando oportunidades e facilidades a partir de uma nova definição e conceituação de adjetivos vulgares. Passam a ser denominados como portadores de alguma deficiência: portador de deficiência visual, verbal, auditiva e portador de uma deficiência de locomoção. Deixa de ter um problema para adquirir o status de portar algo, portar uma deficiência de um aparelho ou sistema orgânico.  Portam uma incapacidade de ser considerado como normal.

A sociedade não discrimina os portadores de deficiência olfativa e gustativa, já que não afetam ou influenciam os movimentos e os comportamentos dos outros. Não impedem o ir e vir de outros, não impedem ou atrapalham os caminhos.

A práxis do deficiente surge por uma indagação, de que maneira ele modifica o meio, como modifica o pensamento e o meio em que vive. Um dia o homem deixará este planeta, e os critérios de embarque já vem sendo construídos. Desde há muito tempo já existem critérios de desembarques, os critérios de abandonos de navios, quando estão à pique. Critérios muito citados e retratados em filmes antigos, mulheres e crianças abandonam o navio primeiro. Uma época que deficientes físicos eram deixados para trás, a prioridade retratada é de crianças, e de quem poderia cuidar daquelas crianças, podendo ainda gerar novas crianças. Um modelo de sobrevivência da espécie. Filmes catástrofes sempre mostraram marinheiros dando avisos que mulheres e crianças devem embarcar com prioridade, nos botes salva vidas.  O capitão da embarcação, o portador de uma autoridade e de um conhecimento, não deve abandonar o navio, enquanto tripulação e passageiros não se encontrarem em condições mínimas de segurança, que possam garantir a sua sobrevivência.
Desde algum tempo já existe um critério e um privilégio, no embarque em aviões. A começar por portadores de alguma insuficiência ou deficiência na ação de locomoção. Depois os passageiros com crianças, independente do sexo da pessoa que conduz a criança, tem prioridade no embarque. Crianças de colo ou crianças que já podem andar. Crianças que podem andar, e que por um descuido podem criar situações de perigo, ou de emergência, vão acompanhadas de seus responsáveis. E os critérios de embarque e desembarque em naves espaciais vão sendo criados e popularizados. 

Alguns grupos já tem uma prioridade para embarque, mas ainda terão que aguardar que todos os outros grupos embarquem, para então o avião começar as manobras de decolagem. Prioridade requer paciência de ambos os lados. Em casos de acidente em avião, cada um dos passageiros já foi instruído pelos comissários, por palavras ou por gestos; ou pelas informações contidas em folhetos, normalmente localizados atrás das poltronas, no porta-revista. Em um acidente com avião também há critérios de abandono da aeronave, contidos nas instruções em folheto encontrado a bordo. A primeira hipótese é de fazer um pouso emergencial na água.

Um transporte urbano de passageiros, sobre trilhos ou sobre rodas, oferece assentos especiais, e exclusivos para deficientes e idosos. Certa quantidade de assentos com cores vivas estão destinados a idosos, gestantes e deficientes. E os BRTs e os VLTs vão promovendo um conhecimento de acessibilidade aos seus passageiros. Os BRTs e VLTs promovem aulas de segurança e de acessibilidade nos transportes, com a escrita e a fala, em dois idiomas, no caso brasileiro, português e inglês. Os anúncios das próximas estações também são bilíngues. Transportes modernos ainda promovem uma acessibilidade climática, beneficiando estrangeiros acostumados com temperaturas mais baixas, em contra partida, ofertando um conforto para quem está acostumado com altas temperaturas. Equipamentos de ar condicionado proporcionam um ambiente padrão de temperatura e umidade.

Auditórios oferecem cadeiras mais largas para pessoas obesas, podendo ser encontrados na primeira ou na ultima fila. Guardando a opção para o usuário, o quanto ele vai se deslocar dentro do auditório, e escolher a opção de ficar mais longe ou mais perto do palco. Alguns transportes como ônibus também oferecem assentos para obesos. Cada qual tem uma dificuldade de locomoção e cada qual vai servido de exemplo para uma acessibilidade e mobilidade global.

A partir da acessibilidade, enquanto uns podem ter prioridades e privilégios, outros podem recusar prioridades e privilégios, tendo a opção de se adequar ao modelo padrão. Como uma dieta de emagrecimento, chegando ao extremo de uma operação bariátrica, na intenção de se enquadrar em um modelo padrão de beleza ou desempenho físico. Próteses também podem criar e ampliar esta acessibilidade.

A arca de Noé não fez distinção de animais. Cada casal podia chegar e embarcar. E o homem vai se civilizando, vai se aprimorando, para não ser classificado ou discriminado, com um ser sem educação, ou um animal, na próxima arca da sobrevivência.

Os deficientes visuais exercem a pratica de ensinar comportamentos. O comportamento para mostrar que nem todos têm a mesma capacidade e acuidade visual, criando estratégias pelas ruas de uma acessibilidade total. Travessias de ruas e avenidas alem de contar com o tradicional sinal luminoso, podem contar com sinais sonoros.

Os deficientes físicos mostram que nem todos têm a mesma habilidade e velocidade de locomoção, precisam de um tempo maior que uma maioria considerada normal. E não basta para correr ao atravessar a rua, tentando se adaptar ao tempo regulamentado. As faixas de pedestres, pintadas no chão são calculadas, por um tamanho determinado, de um passo em tamanho padrão, e por uma quantidade de passos padrões, em um tempo padrão, necessários para atravessar uma rua de tamanho padrão. À medida que as populações de deficientes aumentam, e a geografia urbana se modifica, surge uma necessidade de reavaliar os padrões. Os sistemas de BRTs e VLTs vem modificando a geografia urbana, e os critérios e prioridades entre veículos diferentes e pedestres.

Muitos podem desenvolver atividades de uso da força, e da musculação, da capacidade física, como o caso de algumas profissões. Outros exercem atividades intelectuais.
Escrever? Para que escrever? Para quem escrever? Por que escrever? Para mostrar para aqueles que andam muito rápido e não percebem o que acontece a sua volta. Correm motivados e viciados pela adrenalina. E precisam de um momento para parar e ler o que foi escrito, o que alguém viu e escreveu, e ele não percebeu.

A ocupação de sempre. Quem não escreve precisa estar ocupado com outros afazeres, precisa ocupar a mente.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Avião midiático (parte 3)



Avião midiático (parte 3)
Uma lição de komunikologia (Fly three)


O símbolo da cruz começa sua jornada com a crucificação de Jesus Cristo. Paulo percorre o mar Mediterrâneo anunciando as Boas Novas, divulgando a cruz e o cristianismo. As Cruzadas em nome de alguns, promoveram massacres em nome da religião. A cruz do bem e do mal, a cruz e a espada, pelo bem e pelo mal. Tudo depende do posicionamento e uso das duas retas cruzadas. Empunhando como espada para uma batalha, ou estampando como uma cruz para a religião.

Portugueses e espanhóis com mastros em forma de cruz atravessaram o oceano em busca de novas terras, novas ideias e novas conquistas. Os primeiros portugueses aviadores estamparam a mesma Cruz de Cristo que foi estampada nas caravelas, os símbolos do cristianismo navegaram estampados em caravelas e naus. Nas caravelas e naus elas foram estampadas em suas velas, e nos aviões em suas asas e lemes.

Assim como os portugueses foram pioneiros na navegação marítima em descobrir novas terras, também foram pioneiros na navegação para atingir as mesmas terras, um dia descobertas. O espírito de aventura e de conquista parece estar no sangue português. Primeiro navegaram por mares nunca antes navegados, depois por ares nunca antes voados.
Das naus marítimas chegaram-se as naus aéreas, da navegação marítima a navegação aérea. A cruz alçou voo, com ajuda de Santos Dumont ela voou. A cruz viajou estampada nas velas das caravelas que foi impelida pelos ventos, facilitando o deslizar dos barcos, sobre as águas. A cruz sustentada pelo ar, correndo contra a direção do vento voou.

A navegação marítima deixou legados à navegação aérea. Um conhecimento adquirido e formado pela navegação. Normas e critérios de navegação, visando segurança e conforto no voo. A começar pela tripulação que conduz e dirige a nau, com o capitão ao seu comando, e o leme que define uma direção. A denominação dos lados da embarcação ou da aeronave, e a codificação de luzes que determinam o lado esquerdo e o lado direito, da embarcação e do avião, foram preservados. (Kommunikologie II http://komunikologie.blogspot.com.br/2013/10/kommunikologie-ii.html). O porto e o aeroporto são os pontos que marcam seus destinos e partidas, seus embarques e desembarques, seus abrigos aguardando uma nova viagem, ou uma melhoria das condições de tempo.

Símbolos e siglas em cartas de navegação aérea facilitam a localização de aeródromos: aeroportos e pistas. Direcionamento de pistas e a distinção entre aeroportos militares ou civis, de uso particular ou comercial. Códigos e siglas em mensagens entre o avião e os sistemas de controle de trafego aéreo tornam mais seguros os voos.

Luzes avistadas por um navio indicam um povoamento. Sinais de luzes indicam o início da pista de pouso. Sinais na pista indicam um espaço para aeronave tocar o solo, e um espaço para reduzir a velocidade até parar. Grandes e pequenos aeroportos possuem símbolos e siglas espalhadas pelas pistas de pouso e pistas de manobra. Símbolos que orientam comandantes a chegar ao terminal de passageiros e/ou cargas. A navegação marítima se utiliza de boias coloridas para emitir uma informação para a embarcação, para que chegue ao local de carga e descarga. 

Um profissional experiente em manobras no porto acompanha o navio até o ponto de atracação. Durante as manobras de taxi no pátio do aeroporto, um funcionário com duas bandeiras, nas mãos, ou duas lanternas, faz sinais para orientar a manobra de parada, e estacionamento da aeronave. Avião estacionado, rodas calçadas, outro funcionário fala diretamente com o piloto, por um comunicador baixado de bordo para o solo, tal como a ave que Noé soltou. Antes de abrir as portas e qualquer desembarque, informações são trocadas, na pista entre a tripulação e a equipe de operação e manutenção. Só depois da confirmação de mensagens, recebidas por um pássaro que trouxe um ramo vegetal é que Noé abriu as portas da arca. 

Navio atracado e amarrado, então sobem representantes da saúde e da receita para obter informações de bordo e levar notícias da terra. 

No terminal de passageiros, do aeroporto, telas com siglas e números informam chegadas e partidas, com horários, numero do voo e nome da empresa aérea. No terminal de passageiros de um porto, o volume de viagens pode ser mais reduzido, assim como as informações expostas.

Rio de Janeiro, 06 de outubro de 2014.

Roberto Cardoso
Desenvolvedor de Komunicologia
Texto disponível em:

Avião midiático (parte 1)

Avião midiático (parte 2)