O
conhecimento que circula pelas ruas (2)
O Velho Guerreiro já dizia: Quem
não se comunica se trumbica; e dizia também: na TV nada se cria, e tudo se copia.
Uma alusão às palavras de Lavoisier (1743-1794), que disse: Na natureza nada se
cria. Nada se perde, e tudo se transforma. Abelardo Barbosa estava com tudo e
não estava prosa. Chacrinha tomou emprestado um teorema da ciência, e levou
para a comunicação.
A comunicação esta por toda
parte. Cada lugar e cada olhar podem gerar uma informação, e produzir um novo conhecimento.
Informações inscritas e escritas em pisos e paredes. Olhares verticais e
horizontais proporcionam conhecimentos transversais. As informações chegam
pelos sentidos. Um céu que pode anunciar uma mudança no tempo para as próximas
horas. Uma sensação de vento, de frio ou de calor, pode indicar uma mudança de
temperatura.
A informação chega pelos
sentidos organolépticos do corpo humano e pelos aparelhos criados pelos mesmos humanos.
A informação chega via computadores, rádios, TV e etc.. Nas ruas também estão
diversas informações. Um grafite ou uma pichação tem uma informação, assim como
uma faixa amarela pintada no chão, marcando e delimitando espaços, como faixas
de sinalização tátil.
O homem das cavernas saia em
busca de alimentos. Com as grandes navegações europeus saíram em busca de
especiarias. O turismo regional oferece aos seus visitantes comidas típicas de
sua região. Experimentar um prato típico pode ser o primeiro contato físico e orgânico
com a cultura de uma região. Alimento e informação andam paralelos na história
e no conhecimento. Para obter alimentos e especiarias foi necessário informação
e conhecimento. As primeiras e pequenas incursões geram os primeiros
conhecimentos.
Abelardo Barbosa mais
conhecido como Chacrinha, tinha por hábito distribuir alimentos ao publico e
troféus aos participantes, que também podiam ser alimentos. Com abacaxis e
bacalhaus, agradava auditórios e telespectadores. Patrocinado por uma rede de
supermercados que hoje não existe mais, usava uma cartola e sobre o peito um
grande disco de discagem telefônica, lembrando antigos telefones. E levava uma
buzina pendurada no pescoço, servia para reprovar calouros em seu programa.
Buzina um instrumento e um símbolo
de pequenos comerciantes, que levavam ou ainda levam mercadorias em triciclos ou
pequenos carrinhos, pelas ruas, e de porta em porta, acionando a buzina para
atrair clientes. Pequenos comerciantes como: padeiros, sorveteiros, pipoqueiros,
peixeiros, verdureiros e outros “eiros”. Cada comerciante ambulante pode
utilizar um som, que com o tempo e o reconhecimento vai atraindo os fregueses.
Pipoqueiros podem alem de
usar buzinas e suas vozes, podem usar também o aroma das pipocas, durante o
processo de preparo de sua mercadoria, como estratégia de divulgação. A
confecção de produtos alimentícios em espaços públicos mexe com colheres e aromas,
o olfato sinalizando ao paladar.
Chacrinha fez associações
entre as mercadorias e a comunicação, dando oportunidade a autores e cantores, e
a calouros também, de exporem suas opiniões em suas vozes e suas canções. Os
que ali em seu programa se apresentavam tinham uma oportunidade de apresentar
seus produtos, como a suas imaginações usadas em suas composições, associada ao
seu conhecimento. E tendo suas vozes, como instrumentos.
Desde os tempos muito remotos,
o homem teve uma necessidade de se comunicar. O texto bíblico já mostra por
diversas vezes, uma comunicação do homem com Deus. Uma comunicação entre o céu
e a terra. E por vezes uma comunicação silenciosa, chegando a brados em direção
aos céus. Hoje vemos e observamos igrejas e religiões. Umas com orações
silenciosas, e outras com um grande bradar, lembrando chuvas torrenciais,
trovoadas e relâmpagos. Alem de uma comunicação com Deus o homem teve a
necessidade de se comunicar com outros homens, e até com animais. Pessoas com
outras moradas, instaladas em outros lugarejos, em outras cidades, outros
países e outros continentes.
As respostas sempre vieram
do céu. Hoje o homem continua sua busca incessante em descobrir vidas em outros
planetas, em busca de novos vizinhos planetários. Assim como Deus poderia
enviar respostas, as vindas do céu, muitas respostas hoje estão armazenadas nas
nuvens, e lá podem estar as respostas, de uma pergunta ou solicitação. Quando
os portugueses enfrentaram os mares, podem ter avistado no céu uma
coincidência, juntando duas cruzes: as pontas dos mastros de seus navios com a
constelação do Cruzeiro do Sul.
Continuamos atrás de
respostas vindas do céu. Vivemos em busca de novas descobertas siderais, para
que possamos um dia nos comunicar com os novos vizinhos. Vizinhos com os quais poderá ser possível
trocar informações, trocar necessidades e negociar. Como o negociar de pousos e
decolagens. Tal como navios e aviões negociam suas próximas escalas, por alguns
mesmos motivos: de abastecimentos e manutenções; e para embarques e desembarques
de mercadorias e passageiros. Navios e aviões que circulam em hidrovias e
aerovias, com regras e obedecendo a critérios de navegação, aérea, marítima ou
fluvial. Em breve poderemos ter o estabelecimento de rotas e regras para
viagens siderais.
04/02/15
Entre
Natal/RN e Parnamirm/RN
Colaboração de Erilva Leite
http://hanamibrasil.blogspot.com.br/2015/02/minhas-inspiracoes-sao-varias-na-poesia.html#comment-form
BR/BRA Palavras chaves: informação, conhecimento, comunicação. Komunikologia.
DE/DEU Suchbegriffe: Information, Wissen,
Kommunikation. Kommunikologie.
ES/ESP Palabras clave: la
información, el conocimiento, la comunicación. Kommunikologie.
FR/FRA Mots-clés: information,
la connaissance, la communication. Kommunikologie.
IT/ITA Parole chiave: informazioni,
la conoscenza, la comunicazione. Kommunikologie.
US/USA Keywords: information,
knowledge, communication. Kommunikologie.
Texto disponível em: | Texto disponible en: | Text available at: